ATA DA NONAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 18-10-2010.
Aos dezoito dias do mês de outubro do ano de dois
mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sofia
Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte,
Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario
Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Paulo Marques, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram
encaminhados: pelo vereador Alceu Brasinha, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 017/10 (Processo nº 3321/10); e pelo vereador João Carlos Nedel,
o Projeto de Lei do Legislativo nº 169/10 (Processo nº 3626/10). Também, foi
apregoado o Ofício nº 942/10, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei
do Executivo nº 039/10 (Processo nº 3714/10). Na ocasião, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo
senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo: nº 062/10, de autoria do vereador Beto Moesch, no dia vinte e um
de outubro do corrente, na abertura do 2º Congresso Internacional de
Arquitetura e Ambiente, às nove horas, no Centro Universitário Ritter dos Reis,
em Porto Alegre; e nº 062/10, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, do
dia de hoje ao dia vinte e um de outubro do corrente, na 25ª Reunião do
Conselho das Cidades, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados
nos 76000, 76001, 76002, 76003, 76004, 76005, 76006, 76007 e
76008/10, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão, deixou de ser votada a Ata da
Décima Segunda Sessão Extraordinária. Em TEMPO DE PRESIDENTE,
pronunciou-se o vereador Nelcir Tessaro. Em prosseguimento, os vereadores Pedro
Ruas e Aldacir
José Oliboni manifestaram-se acerca do pronunciamento efetuado pelo
vereador Nelcir Tessaro, em Tempo de Presidente. Após, o senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor João Hélbio Carpes Antunes,
Coordenador do Conselho Municipal de Justiça e Segurança de Porto Alegre, que
discorreu sobre as atividades desenvolvidas por esse Conselho e sobre o
Programa Nacional de Segurança com Cidadania – PRONASCI –, defendendo a
aprovação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/09 (Processo nº
6053/10). Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Pedro
Ruas, Toni Proença, Airto Ferronato, Maria Celeste e Bernardino Vendruscolo
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em
continuidade, o senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações
finais, ao senhor João Hélbio Carpes Antunes. A seguir, o vereador Pedro Ruas
manifestou-se acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 090/10 (Processo nº
2089/10). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Adeli Sell. Em
GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores DJ Cassiá, em tempo cedido
pelo vereador Beto Moesch, e Dr. Raul Torelly, em tempo cedido pelo vereador
Carlos Todeschini. Na ocasião, por solicitação dos vereadores Tarciso Flecha
Negra e João Antonio Dib, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem
póstuma, respectivamente, aos senhores Luís Sérgio Ferreira, falecido no dia
dezesseis de outubro do corrente, e Dastro de Moraes Dutra, falecido no dia quatorze
de outubro do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
Paulinho Rubem Berta, Aldacir José Oliboni, pela oposição, Nilo Santos, Fernanda
Melchionna, Bernardino Vendruscolo, Tarciso Flecha Negra e João Antonio Dib. Na
oportunidade, o vereador Aldacir José Oliboni manifestou-se acerca da matéria priorizada
para apreciação na Sessão Ordinária do dia vinte de outubro do corrente. Ainda,
os vereadores Pedro Ruas e Nilo Santos manifestaram-se acerca do pronunciamento
efetuado pelo vereador Nilo Santos em Comunicação de Líder. Às quinze horas e
cinquenta e seis minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 010/09 (Processo nº 6053/09), após ser discutido
pelos vereadores Reginaldo Pujol e Luiz Braz e pela vereadora Maria Celeste.
Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 010/09. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/09.
Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 021/10
(Processo nº 2792/10), o qual, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Aldacir José
Oliboni, Dr. Thiago Duarte e Reginaldo Pujol, teve sua votação adiada
por três Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador João Antonio
Dib. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 112/10 (Processo nº 2565/10), por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch,
DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro
Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques,
Reginaldo Pujol, Toni Proença e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 077/10 (Processo nº
1649/10), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de
Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro,
Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol,
Toni Proença e Waldir Canal. Em Votação Nominal, 1º Turno, foi apreciado o
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/09 (Processo nº 5420/09). Foi aprovada
a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/09, por vinte
e quatro votos SIM e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os vereadores Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr.
Raul Torelly, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim,
João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro,
Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho
Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal
e optado pela Abstenção o vereador Pedro Ruas. Foi aprovado o Projeto de Emenda
à Lei Orgânica nº 005/09, por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch,
DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de
Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro,
Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Tarciso
Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Às dezesseis horas e quarenta e um
minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Engenheiro Comassetto, em tempo
cedido pela vereadora Sofia Cavedon, Paulinho Rubem Berta, em tempo cedido pelo
vereador Tarciso Flecha Negra, e Toni Proença. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
1ª Sessão, estiveram o Projeto de Lei do Legislativo nº 167/10, discutido pela
vereadora Sofia Cavedon, e o Projeto de Lei do Executivo nº 038/10, discutido
pelos vereadores Aldacir José Oliboni e Luiz Braz. Na ocasião, o vereador Pedro
Ruas manifestou-se acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 090/10. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Reginaldo Pujol. Às dezessete
horas e dezoito minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a
Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro e Bernardino Vendruscolo e secretariados
pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que foi lavrada a presente Ata, que,
após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Solicito que o Ver. Bernardino Vendruscolo assuma a
presidência dos trabalhos, uma vez que quero utilizar a tribuna em Tempo de
Presidente.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência
dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra em Tempo
de Presidente.
O SR. NELCIR
TESSARO: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste, tomo a liberdade de usar o Tempo de Presidente diante dos fatos
ocorridos na última semana, tendo em vista um Projeto que tramitou durante
quatro meses aqui nesta Casa, de nominação do Hospital de Pronto Socorro e não
de alteração de nome, porque não existia nome nenhum para o Hospital de Pronto
Socorro, ao qual, por este Vereador, foi dado o nome de Eliseu Santos, em
homenagem aos feitos desse cidadão durante o seu período no exercício da
Medicina, em Porto Alegre. Eu não tinha interesse nenhum em criar polêmica, era
apenas mais um cidadão que estava dando o seu nome a uma entidade. Ninguém me
pediu isso, nem os familiares me pediram, tenho certeza disso. O Ver. Alceu
Brasinha também havia solicitado essa denominação e tinha parte nesse processo,
mas, em vista de tanta polêmica, eu tomei por bem buscar a palavra hoje para
trazer alguns fatos.
Eu tive quatro reuniões com médicos do Hospital de
Pronto Socorro, com o Sindicato, com os médicos da traumatologia, fizemos
reunião para discutirmos a questão do abono, e em nenhum momento eu fui
questionado sobre o referido Projeto. Repito: em nenhum momento houve um
questionamento sequer, seja de um funcionário, da direção, do Secretário, ou de
qualquer pessoa ligada à Saúde porto-alegrense. É lamentável, porque eu tive
quatro reuniões para falar a respeito disso, e uma semana antes de levar o
Projeto à votação - até com os médicos da traumatologia, no Salão Nobre - em
nenhum momento foi questionado ou levantado que esse Projeto pudesse ser
retirado ou não. Não haveria problema, eu sou aberto ao diálogo, era só
conversar comigo. Eu não tive nenhum intuito, Ver. Oliboni, que não homenagear
o Dr. Eliseu Santos. Eu acho muito estranho a imprensa fazer todo esse
carnaval, e ninguém dizer nada, uma vez que o nosso famoso Parque da Harmonia
teve o nome trocado e ninguém se levantou contra isso. A única explicação é
porque o novo nome do Parque é ligado a uma pessoa forte da imprensa de Porto
Alegre, do Estado, do Brasil, e aí, sim, o Parque pôde ter o seu nome trocado.
Nós até hoje ainda o chamamos de Parque da Harmonia, mas o nome é Parque
Maurício Sirotsky Sobrinho. É muito estranho, é lamentável! Se o Ver. Ervino
Besson, por exemplo, fosse médico, eu teria sugerido o nome dele para o
Hospital, pois foi um homem que tanto trabalhou nesta Casa, sem qualquer
preconceito, sem qualquer interesse que não fosse o de prestar uma homenagem às
pessoas públicas desta Cidade.
Então, eu quero dizer que já conversei com o
Prefeito José Fortunati, na sexta-feira, no sábado, e vou pedir que se faça a
Redação Final desse Projeto ainda hoje, porque amanhã eu quero sentar no
gabinete do Prefeito José Fortunati e pedir que ele vete esse Projeto. Vou
pedir ao próprio Prefeito para vetá-lo. Eu sugiro que os funcionários do Pronto
Socorro - e quero esclarecer que, dos mil e quinhentos funcionários, eu recebi
e-mail de apenas uma pessoa, o que eu achei mais estranho ainda, pois somente
uma pessoa se manifestou contrária a esse Projeto - encaminhem uma eleição
entre os próprios servidores do setor da Saúde para escolherem um nome para o
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, ou, então, que nós, aqui, na
Câmara, encaminhemos a sugestão de que o Hospital passe a ser chamado de
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre e não Municipal, porque Hospital
Municipal pode ser de qualquer Município; Hospital Municipal não é nome, é uma
entidade municipal, é uma instituição municipal. Nós poderemos, sim, colocar
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Canoas tem o seu pronto-socorro, na
Independência há outro pronto-socorro, no Cristo Redentor também, enfim, há
diversos prontos-socorros, com nomes, na Cidade.
Deixo aqui o assunto em aberto. Quero que todos os
servidores do Hospital de Pronto Socorro enviem sugestões aos Vereadores, para
que possam dar um nome para o nosso Hospital de Pronto Socorro Municipal, que
não é de Porto Alegre; chama-se Pronto Socorro Municipal.
Também quero pedir desculpas aos familiares do Sr.
Eliseu Santos, pois nenhum interesse tivemos de colocar em dúvida o seu nome.
Não é, Ver. Nilo Santos? Em nenhum momento! Eliseu Santos foi mais uma vítima
da sociedade, um trabalhador, e vou levar sempre em consideração os feitos
realizados - não, é, Ver. Idenir Cecchim? Tu o conhecias muito bem - por esse
profissional em Porto Alegre.
Usei este Tempo de Presidente apenas para
manifestar que quero que a nossa Diretoria Legislativa proceda, o mais rápido
possível, à Redação Final, porque, amanhã, nós estaremos pessoalmente com o
nosso Prefeito, José Fortunati, para que ele vete o Projeto para o bem da
Cidade... Nem tanto para o bem da Cidade, para o bem da imprensa de Porto
Alegre, que tenho certeza de que ficará muito feliz com este veto. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Questão de Ordem.
(O Ver. Nelcir Tessaro reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PEDRO
RUAS (Questão de Ordem): Primeiro, cumprimento em meu nome e em nome da Verª
Fernanda Melchionna, a decisão de V. Exª: correta, adequada e pertinente.
Cumprimento Vossa Excelência.
Segundo, Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro - e
esta é a Questão de Ordem -, nós fizemos, por entender, independentemente do
mérito, numa questão técnica do quórum necessário, a teor do nosso Regimento, e
que a votação simbólica não permitiria, e que, aí, sim, teríamos condições de
ter uma manifestação da Casa que, talvez, evitasse até este contato direto com
o Prefeito, apesar de que ele é superbem-intencionado, um pedido protocolizado
de renovação de votação, exatamente para equacionar essa situação. E os argumentos
que V. Exª trouxe à tribuna, particularmente o do Parque da Harmonia, são
sensibilizadores, inteligentes e corretos. Mas tomamos essa liberdade, achamos
importante, fizemos o protocolo no início da Sessão, e me parece que, em
havendo a renovação de votação, toda essa situação fica resolvida, independente
de qualquer outra medida, mesmo porque V. Exª tinha o direito de apresentar o
Projeto, e o apresentou de forma regimental. Portanto, parece-me que a
renovação, pela questão técnica e necessária de quórum - e, aí sim, nominal -
poderia resolver facilmente essa situação. É nesse sentido que enfatizo o nosso
Requerimento, que está na Mesa, reiterando os parabéns pela posição nobre de
Vossa Excelência.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Ver. Pedro Ruas. Quero apenas esclarecer
que não é possível, já que não era por quórum qualificado a votação, era
simples, então não há necessidade. O nosso Regimento diz que, para o caso de
nominar - nós não estamos alterando um nome - uma instituição, o quórum é
simples. Isso eu já verifiquei na própria sexta-feira e vi que não há a
possibilidade; o remédio legal é justamente o veto, o que vamos pedir ao Sr.
Prefeito Municipal, com quem já acordei um encontro para o dia de amanhã.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, nós também vamos na mesma linha do Ver. Pedro Ruas, do
PSOL, no sentido de concordar com a sugestão do Nobre Vereador; ao mesmo tempo,
em nome da Bancada, parabenizamos a sua atitude, que é louvável e de interesse
da Cidade. Parabéns!
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos à
O Sr. João Hélbio
Carpes Antunes, representando o Conselho Municipal de Justiça e Segurança, está
com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto
relativo ao Sistema Pronasci de Porto Alegre.
O SR. JOÃO HÉLBIO CARPES ANTUNES: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores; conselheira Helena Bonumá, conselheiro Major
Becke, do Corpo de Bombeiros; Cel. Brenner, conselheiro da Região Sul;
boa-tarde a todos. Sou conselheiro do Fórum Regional de Segurança da Região
Centro e atual Coordenador do Conselho Municipal de Justiça e Segurança de
Porto Alegre. Permitam-me fazer um breve relato do que é o Conselho Municipal.
O Conselho Municipal
foi criado por Lei Municipal em janeiro de 2003, a Lei nº 487, da qual foi
Relator o nosso sempre lembrado Ver. Ervino Besson, como espaço de elaboração
de políticas públicas de segurança, de articulação dos órgãos com
responsabilidade na área e da participação comunitária na análise da temática;
na discussão de problemas e busca de soluções
mais adequadas para o seu enfrentamento e prevenção à violência, nos níveis
municipal, regional e local. Sua estrutura e organização foram definidas a partir
de um processo de discussão com a comunidade. Esse debate ocorreu durante o ano
de 2003 e definiu a regulamentação em 2004, quando foi instalado o Conselho
Municipal e sua rede de dezesseis fóruns regionais, bem como conselhos
comunitários de segurança, constituindo assim um sistema de proteção social.
Do ponto de vista da
distribuição geográfica, o Sistema Municipal de Proteção Social busca
estabelecer uma capilaridade em toda a Cidade, através do Conselho Municipal de
Justiça e Segurança, e sua rede que é composta por Fóruns Regionais, uma em
cada região do Orçamento Participativo e, ainda nessas regiões, a disseminação
dos Conselhos Comunitários de Justiça e Segurança.
A finalidade básica
do Conselho e sua rede é constituir-se um espaço que estimule a articulação dos
organismos públicos, judiciais, policiais e sociais e comunitários no
desenvolvimento das atividades de segurança, ao mesmo tempo em que possibilite
o permanente debate, fiscalização e avaliação das questões referentes ao tema,
garantindo um processo de participação social e comunitária.
Diferentemente das
demais políticas públicas, a política de segurança em nosso País tardou em ser
reconhecida como uma política pública, que devesse ser trabalhada de forma
integrada entre os diferentes órgãos, complementar entre os diferentes níveis
de governo e com processos participativos, onde a sociedade, a exemplo das
políticas de saúde, educação e assistência social possa estar participando da
sua elaboração, das suas definições e da sua fiscalização.
Em 2003, com o
Sistema Único de Segurança Pública - SUSP - essa concepção começou a ser
desenvolvida. Mesmo assim, o sistema de justiça criminal e de segurança pública
ainda funciona com uma baixa complementaridade, o que, acrescido ao pouco tempo
ainda do reconhecimento da importância do município no desenvolvimento das
políticas de segurança, cria um conjunto de dificuldades para a construção de
um sistema como a proposição do nosso. Soma-se a isso, uma compreensão muito
difundida no senso comum, de que a política de segurança pública é de
responsabilidade da polícia e que o papel da comunidade é ser apenas receptora
passiva, somente demandando atendimento e soluções. Assim, a implantação do
Conselho, em sua primeira fase, passou por um conjunto de dificuldades
decorrente deste contexto, o que prejudicou o pleno desenvolvimento de seu
papel e o pleno cumprimento de seus objetivos.
Mesmo assim, o
Conselho se estruturou como uma importante rede, garantindo um processo de
participação social efetiva que tem sido referência no País nessa área. Nos
últimos anos, o COMJUS tem tido uma significante participação em ações e
debates de âmbito local, estadual e nacional sobre o rumo de uma política
alternativa de segurança e prevenção à violência. Em maio de 2006, esteve à
frente da 1ª Conferência Municipal de Segurança Urbana de Porto Alegre. Em 2008
e 2009, participou ativamente do processo de preparação da 1ª Conferência
Nacional de Segurança Pública com cidadania - 1ª Conseg, nos níveis municipal,
estadual e nacional, inclusive tendo sido o único Conselho Municipal a integrar
o Fórum Nacional Preparatório da Conferência. A experiência do Conselho, bem
como sua participação efetiva nessas instâncias, contribui com a formulação e
aprovação de princípios e diretrizes da 1ª Conseg que contemplam a participação
social através de Conselhos, nos três níveis federativos, deliberativos e
fiscalizadores, tripartite (integrados por representantes da sociedade, dos
gestores e dos trabalhadores da área da Segurança).
Por fim, a partir de
2008, o Conselho vem acompanhando a implantação do Programa Nacional de
Segurança Pública com Cidadania - Pronasci, tendo-se afirmado como espaço
comunitário de discussão de seus projetos e buscado acompanhar a implantação
dos mesmos, bem como participa do Gabinete de Gestão Integrada Municipal -
GGI-M, instância gestora do Pronasci no Município; temos recebido o apoio da
Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana, na gestão do Secretário
Nereu D’Avila.
Desta forma, para o
COMJUS, é extremamente importante a iniciativa que tramita nesta Casa, do PLC
nº 10/2009, que atualiza a legislação que cria e regulamenta o Conselho
Municipal de Justiça e Segurança.
O presente Projeto
teve ampla discussão no Conselho, sendo que a Emenda enviada foi consensuada e
aprovada por todas as partes que compõem o Conselho.
Participaram da
Comissão a Conselheira Nelnie Lorenzoni, pelo Conselho Comunitário do Menino
Deus; a Conselheira Dileta Simoneti, pela Região Nordeste; a Conselheira Helena
Bonumá, pela Região do Cristal; a Guarda Municipal Emilene Guimarães Oliveira
Pimental, da Assessoria Comunitária da Secretaria de Direitos Humanos e
Segurança Urbana; o Conselheiro Bruno Knob, da Região Centro Sul; o Conselheiro
João Fontoura, da Região Humaitá; e o Conselheiro Rodiney Torres, da Região
Eixo Baltazar.
Assim, esperamos
contar com o apoio dos Senhores Vereadores para a sua votação e aprovação.
Certos de que, mais
uma vez, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre estará em sintonia com a
construção de políticas públicas integradas e com participação popular,
contamos com a sua aprovação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado,
João Hélbio. Nós o convidamos para compor a Mesa.
O Ver. Pedro Ruas
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente, falo em
meu nome e em nome da Verª Fernanda Melchionna. Cumprimento o Sr. Carpes
Antunes; conhecemos a sua luta, que é uma luta por cidadania, por justiça,
contra a violência. Aproveito, Carpes Antunes, para registrar a presença da
sempre Vereadora Helena Bonumá, que tanto orgulho deu a esta Casa. Ela está
conosco aqui, hoje, na Bancada do Partido dos Trabalhadores. Conte conosco;
essa luta é uma luta do Conselho, é uma luta das sociedades. Tenho certeza de
que, nos marcos civilizatórios, é uma das lutas mais nobres que podemos
empreender, e hoje é um anseio legítimo, verdadeiro, correto das comunidades
com as quais nós convivemos. Parabéns, conte conosco.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni
Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI PROENÇA: Sr.
Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quero fazer uma saudação muito especial
à Verª Helena Bonumá, que foi Secretária Municipal
dos Direitos Humanos e Segurança Urbana. Quero saudar também o Sr. João Hélbio
Carpes Antunes - que milita há muito tempo no Conselho Municipal de Justiça e Segurança - e dizer-lhe que a sua luta não
é em vão. O Conselho tem avançado bastante, mas precisa avançar muito mais.
Esta Câmara tem que ser parceira, porque o controle social, através dos
Conselhos Municipais, é uma marca e uma referência da Cidade em todo o Brasil,
e além das nossas fronteiras. Quero, em nome da Bancada do PPS, em meu nome, em
nome dos Vereadores Paulinho Rubem Berta e Elias Vidal, cumprimentá-lo pela sua
atuação e dizer que pode dispor da nossa Bancada, que se solidariza com a sua
luta e com o trabalho do Conselho.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente,
Ver. Nelcir Tessaro; Sr. João Hélbio, nosso Coordenador-Geral do Conselho
Municipal de Justiça e Segurança, trago um abraço também à Verª Helena Bonumá.
Já conversei com o João por diversas vezes sobre a questão do Conselho em si e
sobre o Projeto que temos aqui na Câmara. Queremos cumprimentar o João, todo
pessoal que participa do Conselho pelo bom trabalho que eles vêm prestando à
Cidade. Vamos votar favorável ao Projeto que está em pauta aqui na
Câmara, registrando que esta participação é minha, pessoalmente, e, também do
nosso Partido, o PSB. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Nelcir Tessaro): A Verª Maria Celeste está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente; Sr. João Hélbio Carpes Antunes, Coordenador do Conselho
Municipal de Justiça; quero também saudar a nossa ex-Secretária de Segurança do
Município, Helena Bonumá; bem como o Cel. Brenner, ex-Secretário de Segurança
do nosso Município, pois na gestão da Secretária Helena, e, logo em seguida,
mantido pelo Cel. Brenner, foi instituído o Conselho Municipal de Segurança na
nossa Cidade. Quero dizer que essa experiência, então instalada na cidade de
Porto Alegre, através da gestão da Vereadora e Secretária Helena, serviu de
modelo, conforme ela mesma me colocava há pouco tempo, para que os Conselhos de
Segurança fossem instalados em todos os níveis no Brasil como um todo, não só
em nível Municipal, mas Estadual e Federal. E Porto Alegre, por ser pioneira na
sua referência, acabou trazendo a constituição desses Conselhos em todos os
níveis.
E, também, Presidente, nós, na semana passada, já
iríamos votar tranquilamente este Projeto junto como os demais oito Projetos
que vieram do Executivo, num grupo de interligação Câmara Municipal e
Prefeitura Municipal, no sentido de fazer uma compilação de todas as leis e dos
ajustes necessários para todos os Conselhos, apenas adiamos a votação do
Conselho de Segurança, João Hélbio, porque V. Sª havia também solicitado um
diálogo maior através da Tribuna Popular, para que todos os esclarecimentos
fossem feitos, mesmo tendo a Comissão de Constituição e Justiça ouvido todo o
Conselho de Segurança, ouvido os demais Conselhos, estávamos com a absoluta
certeza de que todo o processo estabelecido por esta Casa foi o mais
democrático possível, e, portanto, com uma oitiva muito grande de todos os Conselhos
e de todos os Conselheiros, inclusive com contribuições que V. Exª trouxe
através da discussão feita no Conselho Municipal de alterar algumas questões
que estavam, naquele momento, dificultando o envolvimento e a nova proposta do
Conselho Municipal de Segurança. Portanto, nós estamos com muita tranquilidade,
a Bancada do PT já iria se pronunciar favorável a este Projeto, continua e
mantém a mesma postura, agora, com uma tranquilidade muito maior após a sua
vinda à Tribuna Popular, esclarecendo todos os Vereadores. Muito obrigada pela
sua presença, e conte com o voto da Bancada do PT.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: João Hélbio, em nome da Bancada do PMDB, queremos
cumprimentá-lo e nos somar a isso tudo o que foi dito aqui, e dizer o quanto
está sendo importante a reunião dos “Conselhos dos Conselhos”, que está
acontecendo aqui em Porto Alegre. Isso é um novo momento. Eu quero aproveitar,
e estou vendo que o Pitol está aqui, que é o representante da EPTC, para falar
de Segurança. Também nesse sentido, quero elogiá-los pela iniciativa de terem
feito aquelas faixas de segurança na frente dos estádios do Internacional e do
Grêmio. Foram inteligentíssimos; eu quero cumprimentá-los por isso, pois nós
precisamos de ações inteligentes, e integrar a sociedade. Meus cumprimentos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo mais inscrições, passamos a palavra ao
Sr. João Hélbio para as considerações finais.
O SR. JOÃO
HÉLBIO CARPES ANTUNES: Srs. Vereadores, agradeço a atenção, e esperamos a
aprovação do Projeto. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, João Hélbio, eu quero lhe dizer que esta
Casa está sempre à disposição.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, nós temos o nosso Requerimento subscrito pelo Ver. João
Dib, Líder do Governo. Eu insisto num aspecto, Sr. Presidente, reiterando o
nosso elogio à sua posição - reiterando o nosso elogio - de que há um nome,
sim, o nome HPS - Hospital de Pronto Socorro Municipal, enfim. Então, a
legislação exige um quórum qualificado que nós não obtivemos, não pudemos ter.
Parece-me que isso facilita para a própria Casa uma posição em relação ao que
houve até o momento.
Então, eu insisto na renovação, porque temos agora
a assinatura também do Líder do Governo, na medida em que com todo o trabalho
que V. Exª tem tido nesse sentido, nós podemos, na Casa, resolver imediatamente
essa situação com a renovação, que é necessária, porque havia um nome, e a
mudança de nome, pela própria Lei nº 320, só pode se dar com dois terços da
composição da Casa.
É nesse sentido a minha insistência, Sr.
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Feito o registro, nós vamos analisar posteriormente
com a nossa equipe da Diretoria Legislativa da Casa e com a Procuradoria.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, permita-me hoje, no Dia do Médico, cumprimentar os
médicos em geral, especialmente os médicos aqui desta Casa: o Dr. Raul Torelly,
o Dr. Thiago Duarte; recebam a nossa saudação no Dia do Médico. Também, Ver.
Cecchim - eu creio que falo por V. Exª e por outros tantos -, eu queria cumprimentar
o Sindicato dos Lojistas pelo aniversário desse importante Sindicato.
Hoje, em Comunicação de Líder do Partido dos
Trabalhadores, eu queria compartilhar com a cidade de Porto Alegre preocupações
com o que está acontecendo na Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Eu sei que
o Prefeito Fortunati não deve saber de algumas coisas que lá ocorrem, como
também, provavelmente, a Bancada do PMDB não sabe, e, muito provavelmente, o
Ver. João Dib não sabe. Eles não sabem que há CCs na Secretaria Municipal do
Meio Ambiente perseguindo funcionários. Estão perseguindo funcionários, sim,
Verª Fernanda Melchionna! E isso se chama, Oliboni, assédio moral - tema que V.
Exª, eu e outros Vereadores temos colocado na pauta. Esse não é um procedimento
que deveria acontecer, até porque eu conheço o Prefeito, que foi sindicalista,
é respeitoso conosco em todos os momentos, mas ele precisa saber, V. Exas
precisam saber que na SMAM há CCs perseguindo funcionários por delito de
opinião.
E tem mais: eu achei que havia sido apenas um
deslize ou algo que pudéssemos até considerar aquele último material, um
livreto que saiu com muitos e muitos erros. Depois, fui ver de perto, consultei
pessoas, sim, de dentro e fora da SMAM - é um direito que tenho, e as pessoas,
como cidadãs, têm o direito de opinar -, e o livreto está carregado de erros;
depois eu vou mostrar as cópias que estão sendo concluídas no meu gabinete!
Pensei apenas em levar para o Prefeito e ficar numa posição de, quem sabe,
chamar à responsabilidade as pessoas que o fizeram e cobrar os erros ali
cometidos. Mas, depois das perseguições, eu não vou responsabilizar a
Prefeitura; eu vou responsabilizar diretamente os CCs, as CCs e o Secretário,
que são os responsáveis! Porque não dá para ver tudo na Administração Pública,
Bosco! Não dá para ver tudo!
Então, por isso mesmo, eu quero deixar claro que
aqui não é uma crítica à Prefeitura, não é uma crítica à SMAM, mas eu estou
criticando o Secretário, que foi omisso, porque quando eu levantei o problema
aqui, ele poderia ter ligado, pois somos colegas e nos respeitamos por todos
esses anos, mas ele preferiu botar o pessoal a morder os calcanhares dos
funcionários, ameaçando, fazendo chantagem! Pois eu não vou ficar calado! Agora
eu vou ao Ministério Público! E quem fez esse material, cheio de erros, com
essas barbaridades que estão ali, falando do patrimônio da Cidade, pessoas que
não têm nenhum conhecimento, nada, nada; cheio de erros grosseiros! É uma
vergonha para a cidade de Porto Alegre! A perseguição, Verª Sofia e Ver. Mauro,
não ficará assim, Verª Maria Celeste, porque isso nós não vamos aceitar.
Assédio moral é crime, e eu vou levar às últimas consequências essa questão!
Vou deixar claro, mais uma vez, meu caro Ver. Toni
Proença, meu caro Ver. Paulinho Rubem Berta, que nós sabemos separar, e não
fizemos tábula rasa, Ver. João Dib; o problema hoje está concentrado dentro da
SMAM. Eu fui a uma audiência com o Prefeito, estava o Tessaro, em substituição
- o Tessaro não ouviu, porque foi lá fora -, um sujeito chamado Furtado, para
me provocar, como se eu fosse um imbecil de cair na provocação, disse: “Eu sou
o Furtado, de Brasília”. Porque eu disse na imprensa, e disse aqui, que ele nem
deveria ter vindo para cá, pois deveria ter ficado fora daqui, pois não tem
competência nenhuma, um CC alienígena, perseguidor, um tranca-ruas, tudo o que
não funciona nessa Prefeitura tem nome: chama-se Furtado, chama-se SMAM, e o
Secretário tem responsabilidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos ao
O Ver. DJ Cassiá está com a palavra em Grande
Expediente, por transposição de tempo com o Ver. Beto Moesch, inscrito para
quarta-feira.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, imprensa, hoje quero dar os parabéns pelo Dia do Médico ao Dr.
Raul, ao Dr. Mario Manfro, ao Dr. Thiago, nossos colegas, e parabenizar todos
os médicos pelo seu dia.
Também, Ver. Cecchim, não poderia deixar de dar os
parabéns aqui ao Procon, que na semana passada estava de aniversário, também
parabenizar, em nome da Comissão de Direitos Humanos Segurança Urbana e Defesa
do Consumidor, e dos Vereadores que a compõem - Toni Proença, Sebastião Melo,
Maurício, João Bosco Vaz, Adeli Sell e este Vereador -, o excelente trabalho que
o Procon vem fazendo na cidade de Porto Alegre.
Verª Sofia, jamais vou esquecer de parabenizar - e
nunca é tarde - o dia das nossas sábias, dos nossos mestres, dos professores,
que foi na semana passada. Ver. Pujol, o que seria de nós sem os professores na
nossa vida? Ora, Dr. Raul, a sua vida passou por um professor antes; a formação
do ser humano passa pelo professor, passa pelo educador. Pena que esses sábios
não recebem o que deveriam receber, não da sociedade, não daqueles que foram
educados, mas daqueles que são gestores dos nossos impostos, do nosso dinheiro,
que deveriam investir corretamente para que a Educação fosse melhor.
O Sr.
Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Vereador, eu quero, antes de mais nada, cumprimentá-lo, porque V. Exª, com
muita competência, enaltece, giza, dá ênfase a duas situações muito especiais
em cima das quais eu acho que resulta todo o processo de desenvolvimento social
e econômico. De um lado V. Exª fala do consumidor, e é verdade que consumidor
somos todos nós. O maior empresário do mundo é um consumidor quando ele compra
um presente para sua esposa, ou quando ele compra um quilo de café para ser
utilizado na sua casa; nessa hora ele deixa de ser o maior empresário e passa a
ser um consumidor.
E o outro, V. Exª recebe as homenagens da Verª
Sofia, quando se refere ao professor. O professor, no meu entendimento de
liberal, está na rede de tudo. Eu entendo que nós precisamos assegurar a todos
a igualdade e a oportunidade, no começo, para permitir a competição no meio e a
igualdade final, ao término. Eu estaria aí nesse término, porque já me encontro
entre aqueles que estão na terceira etapa, na faixa dos idosos.
Então, V. Exª é feliz quando foca o assunto sob
esses dois ângulos: demonstra, acima de tudo - e eu já disse que V. Exª é uma
bela surpresa aqui nesta Casa -, que o que mais se precisa para ser um bom
parlamentar, para exercer bem um mandato legislativo, é ter sensibilidade; e
isso não lhe falta. V. Exª é um homem sensível, porque ela está nas suas
próprias raízes, as quais se manifestam das mais diversas formas, mas todas
elas com muito brilho e, sobretudo, com muita coerência.
O SR. DJ
CASSIÁ: Muito obrigado, Ver. Reginaldo Pujol, suas palavras são sábias. Sabe que
toda vez que eu sento aqui na minha bancada e olho para trás, passa um filme na
minha cabeça. Eu quero dizer ao senhor: o Papai do céu nos prega surpresas e me
pregou surpresas boas, que me deram saúde, que me deram oportunidade, através
do voto de confiança da sociedade, de hoje ser seu colega aqui, Ver. Pujol.
Então, para mim, é uma honra.
O senhor levantou bem a questão do consumidor. E
quero dizer que o consumidor é o maior investidor nas ações sociais. É o
consumidor que investe na Educação, é o consumidor que investe na Habitação, é
o consumidor que investe na Saúde. Por que o consumidor? Ora, Ver. Cecchim,
vivemos num País em que até para respirar pagamos impostos! Vivemos num País em
que o trabalhador, de doze meses trabalhados, cinco meses são para pagar
impostos! Pena, Ver. Cecchim, que muitas vezes esses impostos são pagos de
forma equivocada, às vezes, de forma errada. A “burrocracia”, às vezes, fecha
portas, Ver. Cecchim, para que se possa fazer mais habitação, mais postos de
saúde. Ora, eu sou uma pessoa que respeito o meio ambiente e não sou uma pessoa
com estudo. Não tenho vergonha de falar que, de cada dez palavras minhas - meu
português é totalmente equivocado -, em oito faltam “s” e faltam “m”, mas o
povo sabe muito bem o que estou querendo expressar. Muitas vezes, não é a
questão do “s”, do ponto, enfim, mas é a forma como você quer se expressar e a
forma como o ser humano tem que ser entendido.
Eu quero dizer para o senhor que é um absurdo que
muitas vezes para arrancar determinada árvore, para mexer em uma determinada
árvore tem que se parar a construção de um hospital! Não estou, de forma
alguma, dizendo que temos que sair daqui derrubando árvores; pelo contrário,
Ver. Nilo Santos, o meio ambiente tem que ser tratado com muito respeito. A
qualidade de vida do ser humano passa pelo meio ambiente, mas essa lei também
tem que ser mexida, Ver. Nilo Santos, porque é um absurdo você parar uma obra
importante como a de um hospital, como já aconteceu aqui na nossa Cidade, com o
Hospital da Restinga: por causa de um tronco de uma árvore perdida, perdeu-se
um mês, dois meses, quatro meses, cinco meses, um ano até. Mas não vou aqui me
aprofundar nesse tema, porque, salvo melhor juízo, eu conheço as minhas
necessidades, e é sobre isso que posso discutir com propriedade; eu sei que
preciso de ar puro para respirar, que preciso de saneamento básico.
O Sr. Nilo
Santos: V. Exª permite um aparte?
O SR. DJ
CASSIÁ: Concedo um aparte ao Ver. Nilo Santos, meu Líder, com a maior honra.
O Sr. Nilo
Santos: Ver. DJ Cassiá, agradeço. Esse tema do meio ambiente, do corte de
árvores, precisa ser melhor discutido, com certeza! Precisam ser criados
dispositivos para que árvores que precisam de retirada imediata possam ser
retiradas, fazendo uma compensação em algum outro local, e seja feita essa
compensação. O que não pode acontecer é galhos caírem por cima das casas, como
acontece hoje, e a Secretaria do Meio Ambiente ficar presa, impossibilitada de
tomar uma atitude, devido à Lei. Então, precisamos, sim, modernizar isso;
precisamos, sim, dar uma atualizada e criar alguns dispositivos para acelerar
esse processo de corte de árvores. Obrigado pelo aparte.
O SR. DJ
CASSIÁ: Obrigado, Ver. Nilo Santos.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. DJ Cassiá,
quando o senhor disse que não fala português corretamente por falta de “s” ou
por falta de um “r”, ou por sobra de alguns deles, o senhor não disse que só
fala assim quem fala com a alma. Ninguém fala errado porque quer ou porque
aprendeu. Tem muita gente, em alguns Partidos, que fala errado para mostrar
gênero. V. Exª conseguiu transmitir, neste caso do meio ambiente, um sentimento
da Cidade. Não é possível que para se podar ou cortar uma árvore que oferece
perigo - e a Prefeitura deveria dar o caminhão, o corte, e transferir esse
arbusto; e nós temos uma série de exemplos em toda a cidade de Porto Alegre de
árvores que estão ameaçando a vida de pessoas - haja tanta “burrocracia” na
SMAM, dos CCs e dos funcionários de carreira também, que precisam se atualizar
e ter um pouquinho mais de sensibilidade para que se mude isso. Parabéns pelo
assunto que o senhor tratou neste Grande Expediente. O senhor, por falta de “s”
ou por sobra de “r”, não deixou de se comunicar e dizer aquilo que a Cidade
está pensando.
O SR. DJ
CASSIÁ: Muito obrigado, Ver. Cecchim, pelas suas palavras. Ora, Ver. Cecchim,
quero dizer a V. Exª aqui, que eu passei por poucos livros, mas consegui chegar
- e continuo - à faculdade da vida. Quero dizer mais ainda: ninguém melhor para
dizer da dor do que aquele que já sentiu a dor. Talvez eu consiga me expressar,
porque eu já senti muitas vezes essa dor, a necessidade, e, hoje, eu tenho o
compromisso e a responsabilidade de, aqui desta tribuna, reivindicar, em nome
da sociedade, e é isso que eu tento fazer aqui.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. DJ
Cassiá, hoje é o dia de a SMAM ser castigada, mas eu não tenho conhecimento de
um requerimento solicitando a retirada de uma árvore que esteja oferecendo
perigo, que não tenha sido atendido pela SMAM. Agora, é claro que os
ambientalistas se preocupam seriamente com as árvores da nossa Cidade,
preocupando-se demais, mas, de vez em quando, talvez haja um exagero. Então, eu
sempre teria um pouco de cuidado, principalmente, porque lá está um Secretário
que é nosso colega aqui e que nos atende ao telefone, se nós tivermos alguma
reclamação para fazer.
O SR. DJ
CASSIÁ: Obrigado. Em nenhum momento aqui citei o nome do Secretário, nem dos
funcionários da SMAM. Estou aqui falando numa situação, num problema, que não é
local, mas se trata de uma lei nacional, não é uma questão daqui. Então, com
todo o respeito ao nosso Secretário, Ver. João Antonio Dib. Estou aqui
preocupado com o meu bem-estar, com a minha saúde e com a saúde da sociedade
porto-alegrense. Simplesmente isso, que é um dever que cabe a mim aqui
defender.
O Sr. Paulinho
Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer pelo
aparte e quero dizer, dirigindo-me ao nosso excelente Vereador e nosso amigo,
João Dib, que na Associação de Moradores tem uma árvore que está caindo por
cima da Associação, por cima da creche, em cima de 85 crianças. Há anos se luta
para retirar aquela árvore de lá, porque não se tem recurso financeiro para
fazer. Eu vou enviar uma correspondência, solicitando que a SMAM tome
providências.
O SR. DJ
CASSIÁ: Eu quero aqui encerrar o meu pronunciamento, agradecendo os apartes que
enriqueceram o meu discurso. Eu só quero é ser feliz e andar tranquilamente na
Porto Alegre que me abraçou. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA (Requerimento): Sr. Presidente, hoje é um dia de muita tristeza
para nós, ex-atletas, pois os grandes jogadores do Grêmio e do Internacional
estão indo, os nossos grandes ídolos; há pouco foi o Sr. Paulo Lumumba, agora o
nosso saudoso Sérgio Galocha, a quem eu conheci antes do profissional um grande
cidadão. Eu gostaria, Sr. Presidente, de que fizéssemos um minuto de silêncio
para esse grande ídolo do Brasil. Obrigado.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu gostaria de pedir que esse
minuto de silêncio fosse também em homenagem à memória do Cel. Dastro de Moraes
Dutra, que foi Diretor de Limpeza Pública no Governo do Dr. Loureiro da Silva e
teve muitas outras atividades; inclusive é pai de uma Taquígrafa nossa, da Casa
do Povo de Porto Alegre. Ele faleceu na sexta-feira, e eu queria que fosse
feito um minuto de silêncio em sua homenagem.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Deferimos os pedidos.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em
Grande Expediente, por transposição de tempo com o Ver. Carlos Todeschini.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Vereador-Presidente, Nelcir Tessaro; Vereadores, Vereadoras e todos que
nos assistem, eu não poderia iniciar este Grande Expediente sem me referir à
data de hoje, 18 de outubro, que é o Dia do Médico. Eu, médico e Vereador, sei
que a gente se empenha muito no trabalho de cuidar das pessoas, e, como
Vereador, também de cuidar da Cidade de uma maneira mais ampla. Então, gostaria
de deixar meu reconhecimento, um abraço e um incentivo a todos os colegas
médicos que sabem, como eu, no meu caso já há trinta anos, o que é a atividade
do médico no seu dia a dia. Há quarenta anos, praticamente, desde a época do
vestibular, sou voltado para a área da Saúde, onde sabemos o quão difícil é a
formação, a possibilidade de entrar numa faculdade de Medicina, muito
especialmente numa faculdade pública - no meu caso, a Universidade Federal do
Rio Grande do Sul -, e saber o que custou isso em termos de empenho pessoal, de
dedicação. Isso é a realidade de todo médico, de toda médica, que realmente usa
esse dom de cuidar, de curar as pessoas e amenizar os problemas de saúde de
todos nós. Quem de nós não teve aquele médico que o ajudou, não tem aquele
médico em quem confia, aquele que, quando busca a cura de algum mal ou busca
resolver algum problema emocional, não tem o atendimento das suas necessidades?
Então, eu queria deixar esse grande abraço aos
colegas e fazer algumas referências à profissão em si. Cuidar das pessoas é uma
profissão muito antiga. Não é à toa que viemos do tempo de Maimônides, de
Hipócrates, que deu o nome ao nosso juramento médico, que faz com que a gente
se obrigue internamente a tomar qualquer atitude num momento, por exemplo, de
emergência, de urgência. Eu, por exemplo, já perdi a conta de quantas vezes saí
do meu carro para atender alguém que foi atropelado, que foi acidentado, porque,
além de sermos preparados, somos tocados emocionalmente por aquela situação e
sabemos a diferença que faz aquela pessoa doente, acidentada, ter sido
realmente atendida ou ter sido deixada ao léu, à sua sorte, muitas vezes uma
sorte muito ruim.
No nosso Brasil, ao longo dos últimos vinte anos -
eu diria desde a nova Constituição, desde a criação do SUS -, nós ampliamos, e
isso é bom, o direito universal equânime, a todos os cidadãos e cidadãs
brasileiros sobre a atenção à Saúde. Porém, a grande maioria dos artigos que
estão na Lei não foi implementada até hoje. A vida segue, e os médicos,
principalmente os que trabalham na rede pública de Saúde, ao longo desses vinte
anos, vêm sendo diminuídos, em termos salariais, cobrados como se fossem,
muitas vezes, os responsáveis únicos pelas dificuldades enfrentadas pelo nosso
Sistema de Saúde.
Nós temos evidentes dificuldades para conseguir
implantar ações importantes na Saúde do nosso País. Agora, por exemplo, temos a
questão das UPAs em Porto Alegre, que já deveriam estar implantadas há quase
dois anos. Por exemplo, a primeira de Porto Alegre já havia tido a sua
definição para ser instalada no eixo da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, junto
ao Centro Humanístico Vida. Isso já havia sido conversado, houve várias reuniões
com várias Secretarias, e a definição estava praticamente tomada, só esperando
a liberação da empresa para fazer a construção. Falamos em meio ambiente há
pouco, o Ver. DJ Cassiá muito bem citou essa matéria, falando nas árvores,
falando na SMAM, e hoje querem tirar essa UPA do Centro Vida e colocá-la, vejam
só, próximo ao triângulo da Av. Assis Brasil, na área de uma praça! Será que as
nossas praças foram feitas para lá colocarmos equipamentos públicos de saúde,
de segurança, sejam quais forem, tirando o lazer, limitando o meio ambiente,
tirando as nossas árvores, que são o pulmão da Cidade, por exemplo?
O Sr. Paulinho
Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer o
aparte, e colocar o assunto da seguinte forma: a Região do eixo da Baltazar, há
muitos anos, dentro do Orçamento Participativo, vem buscando um atendimento 24
horas, principalmente por ser de muito importância para a nossa comunidade.
Primeiro, para desafogar o Hospital Conceição, que tanto bem traz para esta
Cidade, o Hospital Cristo Redentor. O que acontece? Conquistamos isso no
Orçamento Participativo, e o Prefeito, na época, disse que não era possível
instalar um posto de saúde 24 horas, mas continuamos a nossa luta para que lá
fosse instalado no Centro
Humanístico Vida, que fica na Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Além de atender
a todas as vilas em torno do Centro Vida, também prestará um grande serviço,
inclusive à comunidade de Alvorada, que por ali transita. Mas, para nossa
surpresa, depois de tudo acertado, tudo devidamente acertado, chegou-nos a
notícia de que esse posto, a UPA, seria instalada no triângulo, para atender
mais a Zona Norte e a área da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, que era para
atender a essas duas regiões. Com isso, estão dizendo uma coisa só: primeiro,
tentando fazer com que exista um jogo entre essas duas comunidades, que devem
se enfrentar para levar a UPA, quando, na realidade, têm que atender às duas.
Em segundo lugar, no triângulo não seria necessário; peguem, então, o dinheiro,
e ampliem o Hospital Conceição.
Outra coisa que me surpreende, é desapropriar uma
praça, pegar uma área de praça para colocar UPA! E aí? O Secretário da SMAM
esteve numa reunião lá no Centro Vida, concordando com isso. Nós não podemos
concordar com isso; aquela comunidade está se mobilizando, já tivemos uma
reunião - e convidamos o senhor a participar das demais reuniões para levar
esclarecimentos -, e todos nós daquela Região vamos nos mobilizar para que isso
não aconteça. Por isso, mais uma vez, eu faço um apelo ao nosso Prefeito, que
esteve visitando a nossa Região no final de semana, para que não deixe que isso
aconteça. Obrigado.
O Sr. Aldacir
José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre colega Ver.
Dr. Raul, em primeiro lugar, quero parabenizá-lo pelo seu Dia, o Dia do Médico,
e também quero concordar com o seu pronunciamento sobre esse movimento da
comunidade que mora em torno do Centro Vida, localizada na Região Norte de
Porto Alegre, em prol da UPA. Nós fizemos duas reuniões sobre esse assunto; uma
delas foi realizada na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, na qual o senhor
estava presente; a outra foi feita lá no Centro Vida, e percebemos essa opinião
diferenciada do atual gestor de Porto Alegre, que não é a mesma da Secretaria
Estadual de Saúde. O atual gestor fala da acessibilidade naquele local. Ora,
nós votamos, aqui na Casa, muitos projetos possibilitando a acessibilidade e
muito mais do que isso; projetos que mudaram o Plano Diretor, e tantos outros.
Inclusive, a comunidade reclama, e diz que temos aqui, na verdade, a
possibilidade de fazer essa mudança. Acho que esse assunto é oportuno, e queria
que V. Exª, como liderança desse movimento, juntamente com os demais colegas
Vereadores, pudesse, então, trazer aqui a comunidade e novamente o Estado,
porque sabemos que o Estado ficou responsável, no ano passado, por construir
duas UPAs, as quais ficaram para serem construídas este ano, após um acordo, e
que a construção das outras duas são de responsabilidade do Município, do atual
gestor. Portanto, a construção daquela UPA prometida para aquele local é de
responsabilidade do Estado. Parabéns.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Obrigado, Vereador.
A Srª Maria
Celeste: V. Exª permite um aparte?
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Verª Maria Celeste, por gentileza.
A Srª Maria
Celeste: Obrigada pelo aparte, Ver. Dr. Raul, que tem trabalhado sobre esse tema
da UPA na cidade de Porto Alegre. Eu queria, Ver. Paulinho Rubem Berta,
concordar com o encaminhamento do Ver. Oliboni, no sentido de que a gente possa
ampliar essa discussão, porque ela não é tão simples assim. A gente sabe que a
comunidade do eixo da Baltazar se mobilizou, adquiriu o direito, essa
possibilidade de ter essa UPA, mas o Secretário também aponta para um problema
estratégico da Região, qual seja, como é que, estando no Centro Vida, essa
Unidade de Pronto Atendimento vai poder, de fato, atender toda a comunidade da
Zona Norte, os bairros Sarandi, Rubem Berta, do lado de lá, que inclui Vila
Santa Rosa, Santo Agostinho, Vila Dique, e todas as vilas da parte mais Norte
da nossa Cidade. Então, nós precisamos rediscutir, nós não queremos colocar
comunidade contra comunidade; nós não queremos colocar Vereadores contra
Vereadores. Nós temos que estar unidos nesta mobilização e
nesta discussão, e parabenizar especialmente o Dr. Raul, que foi o primeiro
Vereador que tratou deste tema e buscou uma solução para a precarização da
Saúde, especialmente na Região Norte/Nordeste da nossa Cidade.
Portanto, proponho
que possamos, juntos, trabalhar para encontrar um ponto em comum, atendendo a
todas as comunidades desde o Sarandi, Norte, Eixo-Baltazar e também a ponta da
Nordeste, que será atendida por essa Unidade de Pronto Atendimento. Muito
obrigada.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Muito obrigado, Verª
Maria Celeste. Na realidade, este é um assunto que já deveria estar resolvido,
pelo menos esta primeira UPA na cidade de Porto Alegre. O que acontece é que se
conversa muito, se reúne muito e se decide pouco nesta Cidade.
Para vocês terem uma
ideia, para uma UPA ser construída, leva três meses. Já estamos há mais de dois
anos nesse processo de conversa que não tem levado a lugar nenhum e que agora
está dando para trás. Assim, nós teríamos definidas, já para Porto Alegre,
quatro UPAs: a primeira seria esta, já citada; depois a Humaitá/Navegantes;
Partenon e junto ao Parque Belém, que inclusive se dispõe a ceder o terreno
naquela Região.
Na realidade, temos
que parar de conversar demais, vamos dizer assim. Não queremos tirar e nem
tolher a oportunidade de as pessoas se manifestarem, mas temos que ter decisão,
para que a comunidade ganhe o que quer: o atendimento público bom e gratuito.
Infelizmente, neste
País, não se prioriza a Saúde, muito menos a Saúde pública. Nós tínhamos,
inclusive, uma contribuição, a CPMF, que era para ser da Saúde. Hoje já não
existe. O que aconteceu? Foi totalmente descaracterizada, utilizada para outras
finalidades, e a população, por força e pressão, terminou com a CPMF.
Hoje a Saúde tem
menos recursos do que dispunha. Nós deveríamos fazer com que a Emenda nº 29
fosse regulamentada, porque, na realidade, se nós queremos Saúde no nosso País,
precisamos de recursos, e a Emenda nº 29, se regulamentada, mais do que dobra
os recursos para a Saúde no Brasil, dando dignidade para o cidadão e para quem
trabalha no sistema público de Saúde. Onde está a vontade política? Onde está o
furo? Por que não foi aprovada, até hoje, a Emenda nº 29? Por que não foi feita
a sua regulamentação? Certamente, não é uma prioridade do nosso Governo Federal; agora, as
UPAs, que seriam uma prioridade, estão sendo muito postergadas.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Dr. Raul
Torelly, em primeiro lugar quero cumprimentá-lo pelo Dia do Médico, coisa que
já fiz. Quero dizer a V. Exª que Emenda nº 29 não foi regulamentada porque o
Governo impediu. Eu não ouvi dizer, eu vi o Dr. Henrique Fontana, em nome do
Governo, impedindo a votação, e o Deputado Vaccarezza, em nome do Governo,
impedindo a votação da Emenda Constitucional nº 29; por isso a Saúde vai mal. E
mais: Porto Alegre recebeu, nos sete primeiros anos do Governo Lula, 335
milhões de reais menos do que deveria receber, pela simples correção
inflacionária.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Obrigado, Ver. Dib. Nós temos que enfrentar também, com muito mais
certeza, conhecimento e ação, a questão da drogadição no nosso País. Isto está
claríssimo, estão-se fazendo apenas tênues avanços. Enquanto não tomarmos
medidas sérias para fazer com que a droga não chegue ao País, e que as pessoas
já viciadas em drogas sejam tratadas na integralidade - vai de nove meses a um
ano o tratamento -, nós estaremos vendo um crescimento absurdo da situação que
está aí.
Temos também que fazer diminuir o problema das
filas para os especialistas, e só vamos conseguir fazer isso com a criação de
centrais, de policlínicas especializadas no nosso País. É muito importante que
consigamos ter policlínicas de atendimento especializado. Desejo saúde para
todos, e vamos em frente!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, todos os que nos assistem, quero continuar o tema trazido aqui
pelo Nobre Colega Dr. Raul Torelly.
Quero dizer que, da maneira como está sendo
colocado, vai parecer, sim, Verª Maria Celeste, que uma comunidade está contra
a outra, o que não é benéfico para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, nem
para a Secretaria da Saúde, nem para as comunidades, nem para esta Casa. Tenho
a certeza de que o Secretário da Saúde jamais agiria com essa intenção, porque
é um homem idôneo, um homem trabalhador, um homem que quer o melhor na Saúde
para a comunidade de Porto Alegre. Mas está parecendo isso, sim, porque foi
conquistada uma UPA para aquela região, para um espaço ocioso, um espaço em que
o Estado e o Município não vão gastar sequer um centavo com a localização, com
o terreno, com nada, e já existe uma estrutura lá pronta para receber a UPA. Isso foi discutido por anos; não foi discutido por dois meses, não foi
discutido por um ano, foi discutido por vários anos. E foi garantido,
publicamente, que a UPA seria instalada lá. Agora, nos apresentam isto: a UPA
tem que ir para o triângulo da Assis Brasil, para poder atender a comunidade do
Sarandi e entorno, a comunidade do Eixo da Baltazar e entorno, quando, na
realidade, essa região necessita, no mínimo, de duas UPAs, uma para a região da
Baltazar, outra para a comunidade do Sarandi. Mas o jogo é esse, vamos ter que
saber jogar.
Quero dizer aqui que estive conversando com alguns
Vereadores, entre eles o Ver. Dr. Raul Torelly, que é o proponente, que sempre
esteve preocupadíssimo com as questões relativas à Saúde da nossa Cidade, e eu
sou testemunha disso. Tenho procurado fazer justiça a V. Exª, Vereador, em
todas as regiões às quais tenho ido. A ética na política tem que existir,
embora alguns digam que é diferente. É diferente para os maus políticos, porque
os bons políticos estão aí trabalhando, lutando, e o povo reconhecendo.
Quero dizer que aquela comunidade está se
mobilizando. Em nome do Ver. Dr. Raul, da Verª Maria Celeste e do Ver. Oliboni,
nós vamos convocar o Estado a vir esclarecer esta situação, porque é por aí que
vem a UPA. O terreno no Centro Vida é do Estado. Sobre o acesso, que dizem que
é dificultoso ou que não vai ter acesso, citam as mais diversas dificuldades,
não é verdade, é balela. O Secretário Maurício Dziedricki, da SMOV, garantiu
publicamente que, decidida a UPA lá, ele faria o acesso com a maior facilidade;
moveria os instrumentos corretos e lá montaria um acesso total à UPA.
Agora eu lhe pergunto, Vereador, se no Centro Vida
- que todos conhecem, na Baltazar de Oliveira Garcia, com acesso a toda aquela
região - não tem espaço, não tem viabilidade, não tem acesso, por que no
triângulo é melhor? Porque está entre o Strip Center e as antigas Tintas
Renner.
Muitas vezes, um chefe de família, ou uma dona de
casa, não tem o dinheiro da passagem para levar o filho ao Hospital Conceição.
Agora, um pouquinho mais para lá, no triângulo? Olha, minha gente, a Saúde tem
de estar onde a necessidade está, e a necessidade está lá nas vilas; está lá na
comunidade pobre, está lá onde as pessoas, às vezes, não têm um salário; está
lá onde uma mãe precisa levar o filho a um hospital. E a UPA, o posto de saúde
24 horas, para mim, vai desafogar o Conceição. Agora, se vão fazer lá em cima,
no Conceição, que peguem o dinheiro e coloquem no Conceição; peguem o recurso e
levem para lá. Quem vai ao triângulo, vai até ao Conceição, quem vai sair da
Vila Timbaúva, da Wenceslau Fontoura, do Jardim dos Coqueiros, da Vila
Amazônia, do Jardim da Amizade, do Jardim Laranjeira... Então que peguem o
dinheiro e coloquem lá no Conceição, que eles vão até lá. Este não é o melhor
caminho! Mas eu tenho a certeza de que somos parceiros, Ver. Oliboni - nesta,
nós somos parceiros -, para trazer aqui o Estado e o Município, que digam os
motivos por que têm de desapropriar uma praça, tirar o espaço da comunidade
para instalar uma UPA; que venham aqui e nos digam isso, porque nós vamos nos
armar, totalmente, democraticamente, para ir até as últimas consequências para
não nos tirarem a UPA que foi conquistada lá no Eixo Baltazar, e vamos brigar
para que a Região Norte também consiga. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras;
público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, uso o espaço de oposição,
em nome do PT, do PSOL e do PSB, para prestar uma homenagem muito especial ao
Dia do Médico. Nós temos aqui vários profissionais da área, o Dr. Raul, o Dr.
Thiago, o Mario Manfro e tantos Vereadores médicos que passaram por esta Casa,
e, com certeza, nós sabemos que todo o profissional da área da Saúde, seja
médico, enfermeiro, nutricionista, técnico de enfermagem, agente comunitário e
tantos outros, faz um trabalho de aproximação, de solidariedade, de esperança
e, mais do que isto, faz um trabalho que tem de ser reconhecido pela população
brasileira, pelos gaúchos, pelos porto-alegrenses. Nós temos no Brasil, para os
senhores terem uma ideia, 350 mil médicos; no Rio Grande do Sul, nós temos
vinte e dois mil e duzentos médicos, sendo que desses vinte e dois mil e
duzentos médicos, 60% estão credenciados ao SUS, no Estado. Já em Porto Alegre,
50% desses profissionais são credenciados ao SUS. Aqui em Porto Alegre, para os
senhores terem uma ideia, o piso oferecido aos médicos chega a R$ 2.151,95. Na
média, para quem tem quinze a vinte anos de trabalho, chega a ganhar, no
máximo, quatro mil reais, sendo que o piso nacional de salários pleiteado pelos
médicos é de oito mil e quinhentos reais. Existe uma enorme diferença, uma
enorme distância do ideal que os profissionais estão buscando, daquilo que hoje
o Poder Público oferece, bem diferente da iniciativa privada, em que alguns
hospitais chegam a oferecer muito mais: de cinco a seis mil reais.
Então, creio que nesse processo de divulgação dessa
luta dos trabalhadores, sejam eles médicos ou das demais profissões, porque, na
verdade, eles operam em equipes, porque o médico sozinho não consegue, ou só o
enfermeiro não consegue. Neste dia, nós temos que louvar e parabenizar todos os
profissionais da Saúde, e, claro, especialmente o médico, porque hoje é o seu
dia.
Quero também dizer que essa diferença que existe
hoje no mercado em relação àquilo que falamos no dia a dia, de que, na verdade,
o cidadão não esta conseguindo o atendimento médico, é porque não há motivação
na área profissional muitas vezes. Alguns concursos públicos, inclusive no
interior do Estado - e posso citar aqui algumas das cidades, como Rio Grande,
por exemplo, que ofereceu um salário que não chega a mil reais.
Lamentavelmente, não haverá nenhum inscrito para esse concurso público, como
aconteceu recentemente, aqui em Porto Alegre, um concurso público oferecendo em
torno de mil e quatrocentos reais, e não houve nenhum interessado.
Nós precisamos convencer o Poder Executivo de que,
ao oportunizar um melhor salário, vai instigar esses profissionais, que se
formam pagando um valor altíssimo ao curso de Medicina, em torno de cinco mil
reais, para depois trabalhar com dois mil reais como piso; não há como! Então,
por essa razão, neste dia tão importante, do Médico, queremo-nos solidarizar e
dizer que esta luta precisa ser permanente em defesa de um programa de cargos e
salários, para poder fazer que o número de oportunidades profissionais e o
número de leitos hospitalares possam crescer - e não baixar -, porque à medida
que a instituição não tem profissionais qualificados, obviamente ela não terá
um leito de neurologia, não terá um leito de urologia, não terá um leito de
ginecologia, e assim por diante, porque precisa de um profissional qualificado
para poder dar assistência ao cidadão que baixa no hospital com uma certa
enfermidade.
Portanto, em nome das Bancadas do PT, do PSOL e do
PSB, queremos prestar aqui as nossas homenagens ao Dia do Médico,
parabenizá-los por essa luta, e dizer que estamos juntos com vocês na ideia de
buscar um melhor reconhecimento profissional, um salário digno, que, com
certeza, dará retorno a um atendimento qualificado para a população brasileira.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. NILO
SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham
nesta tarde, eu quero falar sobre um Projeto de minha autoria, que foi aprovado
nesta Casa, para formar uma Comissão Especial para tratar da situação dos
moradores de rua em Porto Alegre, Ver. Tarciso e Ver. João Bosco Vaz, V. Exas
que tão bem conhecem essa situação. Nós estamos aguardando que alguns Partidos
políticos indiquem nomes para fazerem parte dessa Comissão. Quero implorar,
Ver. Brasinha e Ver. Elias Vidal, aos Partidos para que indiquem seus
representantes para fazerem parte dessa Comissão, para podermos, então, dar
início a esse trabalho.
É uma situação grave, é uma realidade nacional. Nós
temos atuações de várias ONGs dentro da nossa Capital, elas fazem um trabalho
bonito, mas fazem um trabalho, muitas vezes, desvinculado da própria
Prefeitura. O Governo tem as suas ações, várias Secretarias se envolvem nessas
ações de combate aos moradores de rua - não combate às pessoas, mas à situação
em que as pessoas estão se encontrando. Muitos estão ali porque perderam o
vínculo com a família, muitos estão ali porque querem ter uma liberdade maior,
mas viver na rua nada mais é do que uma porta que, com certeza, encaminhará ao
mundo do crime, Ver. Tarciso e Ver. João Bosco Vaz. Cada projeto que se cria
dentro do nosso Município para a retirada dos moradores de rua, com certeza é
um menino a menos da FASE e é um adulto a menos dentro dos presídios. É
impossível a pessoa manter-se na rua sem cometer pequenos delitos, que vão
aumentando para médios e grandes delitos.
Nos discursos, ouvimos que o maior patrimônio de
uma cidade é o seu povo. E nós não podemos descansar e nem dormir com
tranquilidade enquanto nós percebermos que temos crianças, adolescentes, homens
e mulheres atirados nas ruas. É uma situação que precisa de uma interferência
imediata. Por isso, eu peço agilidade aos Partidos que ainda não fizeram a
indicação - e o nosso Diretor Legislativo pode até me auxiliar -, pois já faz
alguns meses que estamos aguardando essas indicações. O processo eleitoral nos
atrasou muito, só que dia após dia aumenta o número de crianças nas ruas, o
número de adolescentes nas ruas. A situação de quem mora na rua independe de
ter ou não eleições, Ver. Tarciso. Parece-me que o nosso compromisso, neste momento,
é nos unirmos, esquecermos as nossas bandeiras políticas, deixar a ideologia de
lado e pensarmos exatamente nas pessoas. Essa Comissão visa trazer para a
discussão o Conselho Tutelar, as Secretarias, o Ministério Público; nós temos
leis que protegem essas pessoas, leis que protegem para que elas permaneçam na
rua, com o direito de ir e vir, só que o Governo, o Estado tem o dever de
protegê-las. Ninguém que está morando na rua está protegido, pelo contrário,
está desprotegido, e o Estado precisa, então, intervir, precisa agir! E a meta
dessa Comissão é, senhoras e senhores, juntamente com a sociedade civil
organizada, criar um dispositivo para que possamos parar com o discurso e
tornar isso uma realidade, colocar em prática os discursos. Se o maior patrimônio
de uma Cidade, nosso querido Ver. Maurício Dziedricki, é o povo, está na hora
de todos nós - políticos, sociedade civil organizada, empresários - nos unirmos
para travarmos uma luta para devolver essas pessoas às suas comunidades, às
suas famílias.
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O SR. NILO
SANTOS: É impossível, Ver. Brasinha. É impossível, o Bolsa Família não resolve
isso, Ver. Oliboni, o senhor é testemunha disso; ajuda, mas há pessoas que
recebem o Bolsa Família e as crianças continuam nas ruas. Precisamos nos
sentar, precisamos gastar tempo, nos envolver, então, para nós acharmos uma
solução. Espero que os Líderes dos Partidos façam as suas indicações para que
possamos, imediatamente, dar início a esse processo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Sr. Presidente, eu queria apenas, como informe, e ao mesmo tempo
agradecer a sua gentileza em ter priorizado um Projeto de Lei de prorrogação
dos contratos dos agentes de combate a endemias, mais precisamente de combate à
dengue, sobre o qual eu estive falando com o Secretário Substituto Adjunto,
Marcelo Bosio, e que havia pedido para este Vereador, componente da Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, urgência ao Projeto. Verificando agora com a DL, ele já
está priorizado para quarta-feira, para ser apreciado em Reunião Conjunta das
Comissões. Portanto, eu quero apenas registrar essa informação. Desde já
agradecemos.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, só para um esclarecimento: o Ver. Nilo Santos fez um
apelo importante, e eu procurei o Diretor Legislativo no sentido de fazer a
indicação do PSOL. Quero informar à Mesa e a S. Exª que o PSOL não faz parte
desse grupo, e, portanto, não temos direito à indicação. Nós procuramos fazê-lo
neste momento.
O SR. NILO
SANTOS (Requerimento): Sr. Presidente, eu solicito à Presidência desta
Casa e à Diretoria Legislativa para que seja aberto espaço, a fim de que todas
as Bancadas participem, porque o problema dos moradores de rua da nossa Cidade
é um problema de todos os Partidos. Então, se puder abrir uma exceção e
permitir que todos os Partidos participem dessa discussão, eu agradeço.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está feito o registro. Nós vamos verificar.
A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, falo em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas a respeito de um
tema que, de fato, tem prejudicado a Cidade e que foi uma novidade para todos
nós. Na quarta-feira da semana passada, a EPTC, não sei por que razões, retirou
da Usina do Gasômetro a parada de ônibus em que desciam passageiros vindos de
várias regiões da nossa Cidade, inclusive da Região Metropolitana, para poder
usufruir as belezas e as atividades culturais que a Usina do Gasômetro oferece,
ou para assistir a um belo pôr do sol do Guaíba, ou passear com a família e os
amigos, como é tradicional acontecer aos finais de semana na Usina do
Gasômetro. Então, na quarta-feira da semana passada, sem nenhuma justificativa,
inicialmente, nós vimos um verdadeiro congestionamento naquela área de pessoas
que estavam procurando a parada para pegar o ônibus. Havia pessoas que estavam
nos ônibus, vindo de Viamão, e que não tiveram, Ver. Pedro Ruas, onde parar, porque
a parada, de fato, havia saído do local. A próxima parada é a daqui da Câmara
de Vereadores; a anterior fica na Av. Mauá. Como fazer, primeiro, uma retirada
drástica da parada, sem nenhuma informação para a sociedade, ainda mais em se
tratando de uma parada bem importante para os moradores da Cidade, para os
moradores da Região Metropolitana?
Além disso, eu gostaria de registrar ao nosso Ver.
João Antonio Dib, que é o Líder do Governo, que muitas vezes estive com a nova
Direção da EPTC, em nome da nossa Bancada, do PSOL, com o Ver. Pedro Ruas,
garantindo que houvesse duas questões fundamentais, que o Ver. Pedro Ruas
sempre fala nesta tribuna. A primeira, é que a sinaleira na Rua Ramiro Barcelos
- agora, a Ramiro tem o sentido Bairro/Centro - ficava aberta por três segundos
para as pessoas atravessarem entre a Ramiro e a Av. Protásio Alves, ao outro
lado, para o sentido da Av. Independência. Fomos até a EPTC e fomos muito bem
recebidos; o problema foi solucionado. Levamos para o Diretor Cappellari o problema
da carga e descarga que existe na Ramiro Barcelos, na Rua Santo Antônio e na
Rua Garibaldi, e isso está sendo encaminhado.
Faço um registro de que de fato nós abrimos um
canal de diálogo para vários outros temas, que estão sendo resolvidos na nossa Cidade,
e esperamos esse empenho em relação à parada da Usina do Gasômetro. O Ver.
Pedro Ruas e eu estamos fazendo um Pedido de Providências para a EPTC,
exigindo, reivindicando a reposição imediata da parada de ônibus ali em frente
à Usina do Gasômetro. Várias reflexões podem ser feitas sobre esse tema.
Confesso para os meus colegas Vereadores e Vereadoras que, em um primeiro
momento, Ver. Tarciso, me pareceu que era parte de projeto de privatização do
Cais e da Usina do Gasômetro, que fazia parte de uma ideia de tirar, cada vez
mais, a circulação de milhares e milhares de pessoas que usam a orla de nosso
rio como espaço de lazer, de cultura, como um espaço turístico, que engrandece
a nossa Cidade. Em um primeiro momento, pensei que fizesse parte de projetos
que existem por aí, de transformar o nosso rio e a nossa orla em um verdadeiro
festival de espigões com direito a shopping
center, estacionamento para três mil carros e hotéis com mais de cem metros
de altura, como lamentavelmente foi aprovado nesta Casa - com o meu voto
contrário e com o voto contrário do Ver. Pedro Ruas. Espero que a minha
suposição esteja errada, espero que não seja nenhuma iniciativa vinculada com o
projeto elitista para o nosso Cais do Porto e para a nossa Usina do Gasômetro.
Espero que eu tenha feito, de fato, uma analogia que não seja verdadeira. Por
isso, nós reivindicamos a imediata reposição da parada de ônibus para que a
Usina do Gasômetro, o nosso Cais do Porto e as belezas de Porto Alegre sejam
públicos, sejam de todos, com acesso ao transporte, garantindo que as pessoas
cheguem tranquilamente...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Nelcir Tessaro; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiro, eu quero agradecer ao
nosso Líder da Bancada, o Dr. Raul, e aos demais Vereadores, por me permitirem
vir aqui falar em Liderança.
Eu não sabia, Verª
Fernanda, que tinham trocado essa parada de ônibus da frente do Gasômetro, mas
se nós analisarmos, ela se localiza numa curva e ali é estreito. Com certeza, o
objetivo do Secretário ou de quem determinou a troca daquela parada de ônibus ali
foi para dar mais fluidez ao trânsito.
Eu tenho a impressão
de que ali, Verª Fernanda, o espaço para parada de ônibus, em razão até do
aumento de veículos, é muito complicado. Com certeza, deve ter uma outra
solução.
Eu também gostaria -
e já falei hoje aqui, num aparte - de cumprimentar o Secretário da EPTC, ainda
que em outras oportunidades tenhamos reclamado dele, e vamos seguir reclamando
quando acharmos justo.
Quero fazer um
registro, dizendo que achei altamente positiva e inteligente essa decisão de
fazer, na frente do Grêmio, uma faixa de segurança azul e branca, e, na frente
do Internacional, uma faixa vermelha e branca. São coisas, Ver. Brasinha,
positivas. É uma iniciativa inteligentíssima. Com decisões inteligentes como
esta nós conseguimos resolver muitos problemas na Cidade.
Eu gostaria que o
Ver. Nilo Santos ouvisse o que eu vou dizer. Eu acho que o seu pronunciamento é
válido, Ver. Nilo, na medida em que faz esse apelo às Bancadas, mas ele precisa
ser dirigido às Bancadas que não fizeram ainda as suas indicações. V. Exª
acabou generalizando - e eu sei que não foi por vontade - e acabou esquecendo
que este Vereador propôs aqui, e foi aprovado por esta Casa, inclusive com o
seu voto também, a Frente Parlamentar para tratar deste assunto. Nós não
iniciamos ainda o nosso trabalho, para aguardar e fazer em conjunto com a
Comissão. V. Exª sabe disso, nós falamos, nós estamos aguardando essa decisão.
V. Exª trabalhou lá na FASC e, com certeza, tem muito a oferecer, sabe da
problemática das crianças de rua.
Então, eu queria
pedir encarecidamente a V. Exª que reveja isso, porque a Bancada do PMDB fez
essa indicação lá atrás. Eu tenho a impressão de que outras Bancadas também já
fizeram. Eu quero me somar também a esse trabalho, porque este Vereador, quando
propôs a criação da Frente, por questão de informações internas, não tomou
conhecimento de que existia aquela proposta de tramitação na Comissão, mas,
como foi aprovada, não há por que não trabalharmos em conjunto. Então, quero me
somar a esse trabalho que acho necessário.
Eu quero aproveitar também para dizer aqui, Ver.
João Antonio Dib, que nós precisamos, em certos assuntos, tentar a unidade. É
evidente que, mesmo insistindo com essa possibilidade, se não chegamos a um
acordo, que se tenha a liberdade - e eu não falo tanto por mim - de votar e
agir sem aquela pressão que muitas vezes vem de fora nos nossos projetos. Eu
vejo que há Vereadores que estavam votando no nosso Projeto do IPTU, agora vêm
pedir desculpas, dizendo que não podem votar. Eu acho que o Vereador é livre
para votar, mas os nossos argumentos, que nós vamos falar em seguida, são
bastante convincentes, porque temos informações que os justificam. Faço um
apelo a V. Exª, João Antonio Dib, porque não precisamos votar exatamente como estamos
propondo, mas também não podemos deixar como está. Quem sabe não chegamos a um
meio-termo? Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos assiste, eu não poderia deixar de dar os
parabéns ao Ver. Nilo Santos, pela sua linda fala, pela sua preocupação com
esse povo, com o nosso povo carente. Nós estamos aqui para unir forças, para
darmos tranquilidade a esse povo na conquista de uma vida digna no nosso País.
Mas, Presidente, o que me preocupa muito é o
assunto do diabetes. Eu, no início do ano passado, falei um pouquinho sobre
essa doença, e tivemos a oportunidade de trazer um grande médico para falar
sobre o diabetes, principalmente nós, jogadores, ex-atletas. Ídolos serão
ídolos para sempre; não existe ex-torcedor: existem torcedor e ídolo. Os nossos
grandes ídolos, Ver. Dib, estão indo, como foi o Sr. Paulo Lumumba, e, agora, o
nosso querido Sérgio Galocha. A minha preocupação, Ver. Luiz Braz, é no sentido
de o que fazer, porque, no início da década de 1970, e de 1980 também, os
atletas profissionais, e não só os do futebol, tomavam uma medicação que se chamava
Glucoenergan, que era aplicada na veia. O Ver. João Bosco sabe bem, porque
acompanhava os jogos nos estádios, fazendo a cobertura do Grêmio e do
Internacional, e nós, para sairmos na mídia, para sermos grandes ídolos,
chegarmos à Seleção Brasileira, às vezes usávamos esse medicamento. O problema
não era o medicamento, mas, sim, a seringa, que não era descartável, e mesmo
sendo esterilizada na autoclave, não era suficiente para eliminar o vírus da
hepatite. Hoje, depois de trinta, trinta e cinco anos, há muitos ídolos que
adquiriram essa doença, tanto em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, como em
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro. Há aqueles jogadores que não foram de
grande expressão dentro do nosso futebol que já se foram, ou que estão mutilados,
não só pela hepatite, mas pelo diabetes também.
Então, eu gostaria, Dr. Thiago, Dr. Raul, que
estudassem uma maneira de amenizar essa situação dos ex-atletas. Gente, é uma
covardia enorme, é um desprezo enorme com esses mestres do futebol, a quem eu copiei,
de quem eu aprendi muito, como Pelé, Tostão, e daqui mesmo, o Alcindo Martha de
Freitas. Eu sinto que nós somos amparados quando estamos dentro do estádio, com
50 mil pessoas, fazendo gols, dando alegria. Depois que a gente sai daquele
portão, nós ficamos desamparados, principalmente jogadores de clubes pequenos,
por quê? Eles têm salário pequenininho e têm que fazer a festa no domingo;
depois que termina, não sobra um centavo para comprar aquele remédio de que
necessita para amenizar a sua dor. Estou falando isso por conhecimento próprio;
quantos eu ajudei, e quantos me ajudaram?
Então, gente, chegou o momento, não só para o jogador de futebol, mas também para outros ídolos do esporte que estão precisando, não dos Vereadores, mas do Governo Federal para que se crie uma lei...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, parece ser simpático falar
mal do Governo, porque hoje é o dia: situação e oposição estão fazendo críticas
às diferentes Secretarias do Município.
Eu queria dizer que o Ver. Adeli Sell, que falou do
assédio moral que está acontecendo, segundo ele, na Secretaria de Meio
Ambiente, deve entender que os servidores municipais são esclarecidos, são
cultos e sabem que, se existe assédio moral, há recursos para que se tomem
providências; então, não tem problema.
A minha querida Verª Fernanda foi ali e disse que
sempre foi atendida pelo Secretário Cappellari, ela e o meu nobre colega Pedro
Ruas, e criticou fortemente o problema da retirada de uma parada de ônibus lá
em frente à Usina do Gasômetro. Na realidade, tecnicamente, se considerar o
correto, o distanciamento de uma parada para a outra é de, no máximo,
quatrocentos metros. Eu não sei, honestamente, se a parada citada pela Verª
Fernanda na Av. Mauá e aqui na frente da Câmara tem a distância de quatrocentos
metros, mas eu só queria tranquilizar a Verª Fernanda de que a retirada da
parada foi apenas momentânea, para que se pudesse ampliar o refúgio, para que o
ônibus estacionasse sem interferir na circulação dos demais veículos ali
naquela curva, que é perigosa. Se não me engano, já deve ter iniciada hoje
qualquer coisa de movimentação na ampliação do refúgio.
O Ver. Bernardino Vendruscolo, com o entusiasmo que
o caracteriza, reclama dos votos dos seus próprios colegas, dizendo que haveria
pressão de fora para votarem contrariamente ao seu posicionamento num Projeto
de Lei sobre o IPTU. Eu não acredito que os Vereadores se deixem influenciar. O
assunto é sério, de mais alto interesse na Cidade; então, a Prefeitura ou alguém
de lá não pode pressionar os Vereadores, que não se deixariam pressionar. Cada
um vai examinar, vai colocar a sua posição, o debate vai ser feito na
quarta-feira e nós vamos ver o que vai acontecer. Mas não há pressão, nós não
somos pressionados por ninguém. Eu não aceitaria pressão; imagino que os
outros, que não têm a Liderança do Governo, aceitariam muito menos do que eu.
E, como eu disse, o dia é de fazer críticas. Então,
também vou fazer um pouquinho de críticas à Ministra da Casa Civil. Curiosamente,
muitas coisas acontecerem quando ela estava sentada ali na Casa Civil - eu
disse isso outro dia aqui -, quando a Erenice e aqueles servidores do
Ministério de Minas e Energia foram levados por ela para a Casa Civil - e aí o
nepotismo estava acontecendo; não foi depois que a Erenice colocou o filho
dela; foi junto, porque em junho do ano passado é que houve aquela foto
estampada na revista Veja com a frase: “Caraca! Que dinheiro é esse?” Duzentos
mil reais num envelope: era a parte que uma pessoa estava recebendo e nem sabia
porquê; não tinha feito nada, mal estava chegando na Casa Civil, mas a Ministra
Dilma estava lá. Então, eu não entendo, já que todo mundo faz crítica, que eu
não faça também um pouquinho de critica a uma pessoa que está em destaque, sem
dúvida nenhuma, mas que precisa ouvir algumas verdades colocadas. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro – às 15h56): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 6053/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/09 e da Mesa
Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre, que institui o
Conselho Municipal de Justiça e Segurança – COMJUS –, os Fóruns Regionais de
Justiça e Segurança e os Conselhos Comunitários de Justiça e Segurança – CCJSs
– e revoga a Lei Complementar nº 487, de 14 de janeiro de 2003. Com
Emenda nº 01.
Parecer:
- da CCJ. Relatora
Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº
01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 18-08-10.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLCE nº 010/09 e Emenda nº 01.
(Pausa.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, só tem Parecer da CCJ, não tem
outro Parecer?
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Só da CCJ. É pelo art. 81 do Regimento. Todos são
pelo art. 81 do Regimento.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Então, eu peço a palavra, Sr. Presidente, para
discutir o Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLCE nº 010/09.
O SR. REGINALDO
PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, em determinadas circunstâncias, sete ou dez dias são uma
eternidade. Eu fiquei, em torno disso, no final do mês de setembro, ausente
desta Casa, e me desvinculei de alguns assuntos que aqui transitaram. Hoje, o
João Hélbio, que é um jovem que eu conheço há mais tempo, esteve aqui falando a
respeito deste Projeto, sobre o qual a Verª Maria Celeste me lembra e me
recorda que foi fruto de uma discussão ampla, com vários Conselhos, lá na Comissão
de Constituição e Justiça.
Eu quero deixar muito claro que escolhi este
Projeto, que tem a minha mais ampla simpatia, e, mais do que isso até, o meu
compromisso de votar favoravelmente a ele, porque ele é um belo exemplo a ser
seguido. Ultimamente, por necessidade regimental, nós temos deixado, João
Hélbio, vários Projetos sem o exame pelas Comissões Temáticas. Isso, não raro,
oferece alguma circunstância que pode gerar arrependimento. No caso concreto,
eu sou privilegiado, Ver. Haroldo de Souza, pois sou integrante da Comissão de
Constituição e Justiça, e lá nós fizemos uma ampla discussão sobre o assunto.
No que me compete, eu estou absolutamente tranquilo para fazer esta votação.
Mas esta votação ocorre por força do art. 81. Este artigo encaminha diretamente
para a Ordem do Dia as matérias, desde que elas tenham a manifestação da CCJ.
Aos integrantes da CCJ não há risco nenhum de
encarar, Ver. Airto Ferronato, esta votação. Para V. Exª - eu lhe ouvi hoje na
Tribuna Popular - também não há problema nenhum.
Então, quero ressaltar a relevância deste Projeto,
e a conveniência de que matérias como esta sejam enfrentadas não diretamente
pelo art. 81, pura e simplesmente, mas pelo exame conjunto das Comissões, para
que elas não possam, no futuro, gerar qualquer tipo de incompreensão ou de
arrependimento. Eu estou falando numa linguagem muito tranquila, e toda Casa
está me entendendo. Eu não estava aqui, na quarta-feira passada, vítima que fui
do apagão aéreo, que formou um overbooking
e impediu que eu viesse do Rio de Janeiro em tempo hábil de estar aqui. Faltei
à reunião; foi a minha primeira falta nesta Legislatura. Podia justificá-la,
mas não o fiz. Coincidiram alguns fatos nesse dia.
Sr. Presidente, vim à tribuna para discutir a
matéria, e é mais como uma pretensão de manifestação didática. Não diz respeito
ao tema propriamente dito, muito bem esclarecido pelo nosso convidado de hoje
na Tribuna Popular, o João Hélbio, que, com muita propriedade, esclareceu e
provocou um debate prévio que ocorreu nas primeiras horas da tarde, nesta nossa
Sessão Plenária.
Sou inteiramente favorável, até porque, sob o
aspecto da juridicidade, a nossa Procuradoria é taxativa e conclusiva no seu
Parecer, recomendando a tramitação por inexistência de óbice jurídico a este
fato. Resta o mérito; e o mérito, ninguém mais forte nesta Casa, mais sábio,
mais competente que este sodalício, que é este Plenário.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a
palavra para discutir o PLCE nº 010/09.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver.
Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero chamar a
atenção do Líder do Governo, Ver. João Dib, e da Relatora, Verª Maria Celeste,
para confessar um erro deste Vereador na Comissão de Constituição e Justiça: lá
eu assinei dando validade inteira ao Parecer, porque eu gosto da matéria, acho
que ela vem trazer um acréscimo para aquilo de que precisamos no nosso
Município. Só que existem algumas inconstitucionalidades, e elas têm que ser
sanadas, Ver. João Dib. Eu gostaria que V. Exª pedisse o adiamento da discussão
do Projeto por uma Sessão, para que pudéssemos ainda tomar essas providências.
Membros que pertencem
ao Governo do Estado, como é o caso, por exemplo, dos integrantes da Brigada
Militar e da Polícia Civil, podem ser convidados; nós não podemos colocar na
Lei como obrigação de eles participarem do Conselho. Eles podem participar como
convidados e não na formação própria do Conselho. Por isso, acho que poderíamos
fazer Emendas no sentido de que eles figurassem no Conselho como convidados. Da
forma como está, nós vamos aprovar o Projeto e vamos estar cometendo
inconstitucionalidades, o que temos que sanar. Por isso, eu pediria ao Líder do
Governo que fizesse um Requerimento para adiar, por uma Sessão, a discussão
deste Projeto; assim teríamos tempo, querido amigo Luiz Afonso - é ele quem nos
orienta no Plenário sobre a parte jurídica, ele, que é da Diretoria Legislativa
-, de fazer as correções necessárias a fim de retirar as inconstitucionalidades
presentes neste Projeto de Lei. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo
mais nenhum orador inscrito para discutir...
O SR. LUIZ BRAZ: Eu pediria que V. Exª
não encerrasse a discussão, Sr. Presidente, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Pois não.
A Verª Maria Celeste está com a
palavra para discutir o PLCE nº 010/09.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, quero aqui, Ver. Luiz Braz, que é membro da Comissão de
Constituição e Justiça, e Ver. Reginaldo Pujol, dizer que a proposta de
alteração dos Conselhos Municipais de Porto Alegre veio no bojo de uma
articulação feita pela Câmara Municipal com a Prefeitura, e nessa compilação de
leis, acabamos criando essa Comissão, que propôs alterações sobre nove
Conselhos da Cidade, mais a incidência na Lei Orgânica do Município, o que já
fizemos rapidamente nos outros processos, tendo o cuidado de, na CCJ, chamarmos
todos os Conselhos para discussão, apresentar a proposta que foi articulada
pela Comissão Temática, e ali tivemos oportunidade, inclusive, de trazer
Emendas, que foram também apresentadas.
Eu queria chamar a atenção, Ver. Luiz Braz, de que
a Emenda de nº 01 contempla exatamente essa sua angústia, essa sua preocupação,
no art. 3º, parágrafo único, quando ela conta que a participação, no COMJUS,
dos órgãos públicos não municipais, dar-se-á por livre adesão, respeitando-se a
legislação de cada órgão. Então, esse cuidado que o senhor manifestou aqui na tribuna
foi colocado, na ocasião da reunião, e foi produzido, por meio dessa Emenda, o
ajuste necessário.
O Sr. Luiz
Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Maria Celeste,
como o Processo é extenso, confesso a V. Exª que não havia visto que esse
problema havia sido sanado, mas V. Exª já me tranquiliza, e, com certeza, Ver.
João Dib, o Requerimento de adiamento não será necessário. Podemos votar,
realmente, porque a única coisa que me angustiava era exatamente eu não ter
percebido que já havia sido feita essa alteração.
A SRA. MARIA
CELESTE: Exatamente, Ver. Luiz Braz; por isso que demorei um pouquinho também
para vir a esta Tribuna, porque eu pedi o Projeto original, porque, se não me
falha a memória, Ver. Luiz Braz, V. Exª levantou esse tema na Comissão, quando
discutíamos o Projeto que instalava o Conselho de Constituição e Justiça da
nossa Cidade. O Conselho prontamente acolheu, e produzimos essa Emenda, que eu
localizei no Projeto original. Aliás, foram várias alterações, não foi só no
art. 3º, mas nos artigos 1º, 2º, 5º e 8º, que colaboraram com toda aquela
discussão que fizemos. Por isso, Ver. Reginaldo Pujol, fique bastante
tranquilo, pois mesmo que não tenha sido feito em conjunto com outras
Comissões, tivemos a oportunidade de dialogar muito, através da iniciativa da
CCJ. O Ver. Pedro Ruas concedeu aquela reunião, onde todos os Vereadores
puderam participar, contribuir, sobretudo os membros dos diversos Conselhos
Municipais da nossa Cidade. Foi tão importante e tão necessária que, após
aquela nossa reunião da Comissão de Constituição e Justiça, nós aprovamos o
Conselho de Segurança Alimentar, que habilitou Porto Alegre a receber recursos
do Governo Federal, cuja liberação não se conseguia há mais de dois anos, por
conta de a constituição do Conselho de Segurança Alimentar da Cidade não ter
sido reorganizada e reordenada no tempo hábil. Portanto, com essa
sensibilidade, nós aceleramos o processo, e é por isso que hoje estamos
discutindo e acelerando a constituição desses Conselhos, para que efetivamente
Porto Alegre não perca recursos que passem pela deliberação das composições dos
Conselhos. Muito obrigada pela sua compreensão, e penso que podemos votar esse
Projeto imediatamente. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação a Emenda
nº 01 ao PLCE nº 010/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLCE nº
010/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2792/10 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 021/10, que autoriza o ingresso de agentes de combate a
endemias em imóveis particulares, na forma desta Lei, para realizar o controle
e o combate ao mosquito vetor da dengue, no Município de Porto Alegre, e
estabelece seu procedimento. Com Emendas nos 01 a 03.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto e das Emendas nos
01 a 03.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 18-10-10.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLE nº
021/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.)
O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 021/10.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e colegas
Vereadoras, em nome da Bancada do PT, queremos nos pronunciar favoravelmente a
este Projeto do Executivo, que autoriza o ingresso de agentes de combate a
endemias em imóveis particulares, na forma desta Lei, para realizar o controle
e o combate ao mosquito vetor da dengue no Município de Porto Alegre, e
estabelece seu procedimento, com
Emendas de nºs 01 a 03.
Estive conversando com o
nobre Secretário Casartelli e com o Secretário Adjunto Marcelo Bosio, que
disseram, Ver. João Antonio Dib, que, somente no mês de setembro, dos vinte e
seis mil imóveis visitados, vinte mil e seiscentos e quarenta e sete imóveis
estavam fechados; em dois mil e novecentos e oitenta e dois imóveis, os
proprietários não autorizaram a entrada dos agentes nas residências.
Nós estamos vivendo um
grande problema em nossa Cidade, porque o grande vetor chamado mosquito da
dengue está em muitos lugares. Não é só em uma piscina, mas também num vasinho
de planta pode estar o vetor da dengue.
Na próxima quarta-feira,
estaremos votando um Projeto de Lei de muita importância para todos esses
profissionais, sobre o que estive conversando com o Secretário e com um grupo
de agentes comunitários de combate a endemias. Na quarta-feira, estaremos
realizando reunião das Comissões Conjuntas para a prorrogação do contrato deles
para seis meses, a partir de novembro, e, depois, para um ano e oito meses,
conforme Lei Federal. Portanto, é importante também para poder
tranquilizá-los, até porque, agora em novembro, vencem os contratos desses
profissionais. Eles estão tendo uma enorme dificuldade de acessar as
residências em Porto Alegre, e temos que criar um mecanismo de registro. As
Emendas ora apresentadas pelo Líder do Governo, o Ver. João Antonio Dib, que
são em número de três, colocam alguns critérios. Em não localizando - se não me
engano, na primeira Emenda - o proprietário, já é feita uma ocorrência. Depois
que o cidadão for, de uma certa forma, acionado, que for registrado que o
agente esteve ali e que não pôde registrar ou averiguar a sua residência, que o
cidadão possa se manifestar, marcando uma nova data. Se ele não se manifestar,
obviamente haverá uma outra ação pertinente e mais enérgica do Poder Executivo.
No caso das residências abandonadas, é a questão de
ser feita uma ocorrência policial, em que, através dos agentes policiais, se
possa intervir e verificar a situação desse imóvel abandonado. Isso não
significa que o proprietário não esteja em casa; é uma outra situação sobre o
que eu estava conversando com a Tânia aqui, que estava representando a
Secretaria da Saúde.
Portanto, são algumas ações importantes, que
merecem um certo cuidado, mas que são de extrema importância para um programa
que não pode dar errado em Porto Alegre, que é o combate ao mosquito da dengue.
Se as pessoas não estão tendo acesso às
residências, obviamente isso fica muito difícil. Há alguns bairros em nossa
Cidade que estão além do índice permitido pela Organização Mundial da Saúde;
portanto, é importante, sim, que esses agentes tenham acesso às residências
para combater o mosquito da dengue. Portanto, a Bancada do PT votará favoravelmente
a esse Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 021/10.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; ilustres colegas Vereadores,
quero dizer que conversei com o Ver. João Bosco Vaz e estou encaminhando em meu
nome essa situação, mas principalmente pedindo, Ver. Oliboni, que o senhor
reflita, que a Bancada do Partido dos Trabalhadores reflita sobre isso,
principalmente sobre o inciso X do art. 5º da Constituição. (Lê.): “X - A casa
é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial”.
O controle da dengue se faz através de uma
integração comunitária, orientando, educando e descentralizando a Vigilância
Sanitária, nos oitos distritos sanitários da Cidade. As realidades dos nossos
Municípios, da Restinga, do Lami e do Centro da cidade, não podem seguir as
mesmas rotinas, porque, senão, nós não vamos ter insucesso no combate à dengue.
Nós não podemos ter a mesma abordagem. Estudos da própria Secretaria da Saúde
(Mostra o papel.) falam que 50% dos casos do mosquito da dengue ocorrem dentro
das residências, e não nos terrenos baldios. Está no jornal Zero Hora, de 04 de
junho de 2010. Aqui, é o Diretor da Vigilância Sanitária que está dizendo; não
eu, mas o Diretor da Vigilância Sanitária que está dizendo!
Quero dizer, portanto, que sou contrário; mas sou
favorável aos agentes de combates de endemias, mas nós não podemos dar essa
liberalidade excessiva até porque é inconstitucional. Eu gostaria que o Ver.
Oliboni me respondesse quem vai dizer se a residência está abandonada ou não. O
Município tem este poder de polícia? O Município não vai sofrer ações judiciais
ou vai sofrer? Trata-se de uma matéria inconstitucional, uma vez que fere a
cláusula pétrea da Constituição, que está no art. 5º. E uma outra preocupação.
(Mostra a capa do Diário Gaúcho, do dia 06 de junho de 2010.) (Lê.): “Assalto
com jaleco branco”. “Assalto com falso jaleco da dengue”. “Assaltantes fingem
ser da Secretaria Municipal da Saúde”. “Uma nova prática de assalto está sendo
usada na Capital. Agora os ladrões usam o temor das pessoas com determinadas
doenças, especialmente a dengue, para invadir residências e cometer crimes”. No
caso de termos situações como esta, quem vai responder por essa situação?
Então, certamente, temos que cuidar do Prefeito, cuidar da gestão e, sem dúvida
nenhuma, utilizar outra prática no combate à dengue, que é a prática da
sensibilização das pessoas, e da construção de alternativas com as comunidades,
e não de impor medidas com o auxílio da força, com o auxílio da Brigada Militar,
porque, felizmente, estamos em outro tempo neste nosso País. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 021/10.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, diz o art. 2º do Projeto de Lei do
Executivo nº 021/10, textualmente, Ver. Haroldo, o seguinte: (Lê.): “O ingresso
no imóvel deve obedecer ao seguintes procedimentos: I - o agente deve solicitar, na data designada para intervenção, o
apoio da Brigada Militar e da Guarda Municipal, e, com o auxílio de chaveiro,
deve abrir a porta e, posteriormente, trancá-la, vedando-a com tapumes ou
outros materiais que obstem a entrada de estranhos, quando não for possível manter
o fechamento por meio de chave”. Esse é o Projeto originário.
Várias Emendas foram introduzidas, especialmente
tentando amenizar essa situação, especialmente subscritas pelo competente
Vereador desta Casa, João Antonio Dib. A Emenda nº 03 diz o seguinte (Lê.): “O
agente deve solicitar, na data designada para a intervenção, o apoio da Brigada
Militar e da Guarda Municipal, e, com o auxílio de chaveiro, deve abrir o
portão e, posteriormente, trancá-lo, vedando-o com tapumes ou outros materiais
que obstem a entrada de estranhos, quando não for possível manter o fechamento
por meio de chave”. É, praticamente, o que já está escrito do outro lado; não
alterou significativamente nada.
Disse bem o Dr. Thiago que essa matéria é
inconstitucional, pois viola um dos princípios fundamentais da Constituição
brasileira; esquece que o lar é o reduto inviolável do cidadão e que só em
situações especialíssimas pode se permitir que isso venha a ocorrer. Algumas
das Emendas, longe de melhorar o Projeto, até o comprometem mais, quando
autoriza o ingresso dos agentes de combate a endemias em imóvel particular,
fechado ou sem habitação, na forma dessa Lei. Ora, a expressão “fechado” é
muito ampla! Quando eu saio da minha casa, Ver. Dr. Raul, eu a fecho! Quando
eu, a minha esposa e os meus filhos saímos, nós fechamos a casa, damos duas
voltas na chave, e ela está fechada, e ela tem que ser inviolável. Ora, eu moro
num apartamento, mas centenas e milhares de pessoas moram em Porto Alegre em
residências unifamiliares! E lá na Zona Norte, Verª Maria Celeste, na Vila
Santa Rosa, na Vila Nova Gleba, e na Zona Sul, na Vila Restinga, na Morada da
Hípica, na Nova Ipanema, na residência unifamiliar, as pessoas que trabalham o
dia inteiro saem e fecham as suas casas! E nós estamos autorizando que o
cidadão que fechou a sua casa para protegê-la a tenha devassada a título de
satisfazer uma necessidade.
O Ver. Oliboni disse que, no ano passado, houve
dificuldade em mil, duzentos e poucos casos. Sabem o que significam mil e
duzentos casos no universo de Porto Alegre? Não chega a 1% das residências em
Porto Alegre! E nós, por causa de menos de 1%, estamos atacando um princípio
constitucional e permitindo essa verdadeira invasão oficializada que a Lei
permite. Imaginem os senhores e as senhoras em que situação vai ficar! Meu
tempo se conclui, e eu...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu solicito o adiamento da votação
do PLE nº 021/10 por três Sessões.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. João
Antonio Dib, solicitando o adiamento da votação do PLE nº 021/10, por três
Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2565/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/10, de autoria do
Ver. Idenir Cecchim, que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à senhora
Carmen Zoleike Flores Inacio.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 06-09-10.
O SR. PRESIDENTE
(Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 112/10. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 112/10. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 25
votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1649/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 077/10, de autoria do
Ver. Toni Proença, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao
senhor José Paulo Dornelles Cairoli.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 06-09-10.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº
077/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº
077/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05minutos/sem aparte)
1º
TURNO
PROC.
Nº 5420/09 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 005/09, de autoria da
Mesa Diretora, que altera o “caput” e o § 1º do art. 101 da Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre, dispondo sobre a representação na composição dos
conselhos municipais. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Waldir
Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro
Comassetto: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CECE. Relatora Verª Sofia
Cavedon: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Maurício
Dziedricki: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do
Regimento da CMPA;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 18-08-10.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal,
em primeiro turno, a Emenda nº 01 ao PELO nº 005/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 24 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
Em votação, em primeiro turno, o PELO nº 005/09.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO,
por 25 votos SIM.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro – às 16h41min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos às
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Sebastião Melo. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo da Verª Sofia Cavedon.
O SR. ENGENHEIRO
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadoras e Vereadores,
senhoras e senhores, eu quero usar a tribuna primeiramente para agradecer a
cedência do tempo da minha colega Verª Sofia Cavedon, e, em segundo lugar, para
dialogar aqui sobre alguns temas relacionados à vida da Cidade e à ação do
Executivo Municipal. Um conjunto de obras no Município de Porto Alegre,
principalmente obras viárias, foram iniciadas e pararam completamente, e eu
quero conversar com os colegas Vereadores para entender o que está acontecendo.
Lá na Região Sul da cidade de Porto Alegre, mais precisamente no bairro Campo Novo, na Aberta dos Morros, há uma via chamada Jorge Pereira Nunes. No ano de 2004, último ano da Administração Popular, foram feitos mais ou menos mil e quinhentos metros de pavimentação; agora, iniciou-se a continuação dessa obra. A obra parou; faz uns trinta dias que sumiram todas as máquinas de lá, e a comunidade nos cobra, não só de mim, mas dos demais colegas Vereadores que atuam e transitam na região.
Portanto, eu quero dialogar aqui com os colegas,
principalmente os que têm relação com o Executivo, sobre qual é o problema, o
que está acontecendo e de que maneira precisamos agir. Essa obra se iniciou com
um ritmo bem acelerado há uns quarenta dias e agora está completamente
paralisada há mais de quinze dias.
O segundo trecho é do Beco da Vitória, que liga a
Av. Edgar Pires de Castro à Av. do Lami. Faltam trezentos metros para a
conclusão daquela obra. Em 2004, essa obra ficou inconclusa, mas com recursos
destinados, numa agenda do Banco Mundial, para que fosse terminada. Já
recebemos dezenas de indicativos do início dessas obras,
bem como do seu término, e isso não aconteceu até hoje. Essa é a segunda via:
Beco da Vitória, entre a Av. Edgar Pires de Castro e a Av. do Lami.
Terceira via: Estrada
Afonso Lourenço Mariante, na rua que dá entrada na parada 6, que leva até o
aterro de transbordo do Município de Porto Alegre. Ali tem um trecho de mais ou
menos oitocentos metros, por onde transitam todos os grandes caminhões que
transportam o lixo de Porto Alegre para a estação de transbordo, e, dali, levam
para as Minas do Leão. Aquele trecho é praticamente intransitável para toda a
comunidade que utiliza aquele território. Já foi anunciado, algumas vezes, que
seria concluída aquela obra, para o bem daquela comunidade e da Cidade; isso
também não aconteceu. Nós aguardamos o comunicado de que ela teria continuidade
e não houve.
Essas vias que eu
citei aqui são vias importantes, assim como a Rua Darcy Pozzi - que liga a Av.
Edgar Pires de Castro à Estrada Chapéu do Sol -, que tinha sua finalização
prevista. Também falta um trecho de pavimentação ao qual no início foi dado um
ritmo acelerado, e houve uma certa parada ultimamente.
Trago essas informações,
já que vamos fazer um debate na quinta-feira sobre a Zona Rural, e uma das
reivindicações é que essas vias de acesso que levam à Região Sul possam ter
condições de urbanidade, para que nós possamos levar as respostas àquelas
comunidades - não só eu, há um conjunto de Vereadores que atuam mais
precisamente naquela Região e em toda Cidade. Então, trago esse diálogo aos
colegas Vereadores, para que possamos responder à Cidade, e, se houver algum
problema, ajudar a resolvê-lo. Um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver.
Paulinho Rubem Berta está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Tarciso Flecha Negra.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, todos os que nos assistem, também os de casa, venho aqui fazer
um relato do que aconteceu na sexta-feira, na visita do Prefeito José Fortunati
à Região Eixo Baltazar de Porto Alegre, na busca de informações para colocar a comunidade
a par da situação das obras atrasadas do Orçamento Participativo. Acho que essa
é uma bela atitude, um belo exemplo de como governar uma cidade, um belo
exemplo de como fazer justiça àquelas pessoas que por muitos anos, por diversas
noites, por meses - principalmente porque as rodadas do Orçamento Participativo
se desenrolam no inverno -, participaram das reuniões na cidade de Porto
Alegre. Em todos anos acontece isso: as pessoas vão para as reuniões, votam, e
na organização coletiva da comunidade, na organização de suas lideranças, que
são as pessoas que realmente conhecem as dificuldades da Cidade, elencam,
trabalham, redigem e priorizam as obras. Inúmeras obras foram priorizadas e
estão no caderno do Orçamento Participativo, principalmente as do eixo da Av.
Baltazar de Oliveira Garcia. Muitas pessoas acreditam que, estando dentro do
caderno do Orçamento Participativo, essas obras estão garantidas, mas até este
momento isso não era totalmente verdade: estavam lá, mas não estavam
garantidas.
Tivemos a honra de lá receber o Prefeito, o Presidente
desta Casa, diversos Vereadores, bem como diversos Secretários, como da SMOV,
do DEP, do DMAE, que estiveram presentes e acompanharam essa visita. Tudo isso
nos leva a voltar a acreditar no processo, principalmente aquelas pessoas que
já não acreditavam mais no Orçamento Participativo. Muitas obras de 2004, de
2002, de 1998, tinham ficado para trás, e foram feitas outras obras que foram
priorizadas depois dessas, e o Prefeito José Fortunati, com o seu Secretariado,
acompanhado por este Vereador - pois moro na Região e atuo ali -, garantiu - e
nós não temos nenhum motivo para duvidar - que essas obras serão feitas;
garantiu que será restituído o direito daqueles que foram durante várias
noites, durante vários dias, durante vários meses, elencar essas obras e
conquistá-las no voto e na organização.
Eu quero dizer que lá também estava o Secretário da
Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto - não sei se vou
conseguir lembrar de todos, mas vou tentar -, estavam lá todos os
Secretários... Eu já referi que nós tivemos o orgulho de ter o Presidente desta
Casa nos acompanhando, onde acabamos - Presidente, pena que o senhor não ficou
-, comendo um belo arroz com feijão, aipim e uma carne de panela muito gostosa,
tudo preparado pelo restaurante-escola, que serve comida ao custo de um real
para aquela comunidade. Isso é fantástico na cidade de Porto Alegre,
principalmente para a periferia. É um bem para a comunidade! Mas o foco,
Vereador, não é servir comida ao custo de um real, e, sim, capacitar as
pessoas. O ano de 2014 está vindo aí, e nós temos que levar para esse
restaurante aulas e cursos de línguas também.
Bom, mas o que eu quero dizer é que, recuperando a
credibilidade do Orçamento Participativo, principalmente naquela Região que
quase já não acreditava mais nele, o Prefeito José Fortunati faz um belo gesto
democrático de manter aquilo que foi dito para a comunidade.
Agora, eu só quero dizer, principalmente a quem
coordena o Orçamento Participativo em Porto Alegre: nós marcamos o dia, e o Prefeito
esteve lá garantindo que essas obras serão recuperadas. Daremos o tempo
necessário para que essas obras sejam feitas e, no devido momento, nós viremos
a esta tribuna - e eu espero que seja assim - agradecer as obras, mas, se for
preciso - tomara que não seja necessário -, vamos cobrar isso da Prefeitura
Municipal e da Coordenação do Orçamento Participativo. Nós estamos esperando
por um posto de saúde, que desde 1998 está no papel e ainda não saiu, e precisa
sair! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni Proença está com a palavra em
Comunicações.
O SR. TONI
PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, senhoras e senhores, aproveitando o meu período de
Comunicações desta segunda-feira, eu queria tratar, na verdade, de dois temas.
O primeiro deles é que a Frente Parlamentar para Regularização da Energia
Elétrica de Loteamentos Irregulares em Porto Alegre, presidida pelo Ver.
Paulinho Rubem Berta, juntamente com a Frente Parlamentar pela Reforma
Fundiária e Regularização de Loteamentos, presidida pelo Ver. Comassetto - e eu
faço parte das duas -, nós, junto com o Governo Municipal, através da
Secretaria de Governança e da Procuradoria-Geral, com a Gerência de Regularização
de Loteamentos, com as comunidades, mais o Ministério Público, temos feito
esforços no sentido de criar critérios para a regularização da energia
elétrica. Num esforço que começou lá com o Ver. Nelcir Tessaro, quando presidia
essa Frente, no ano passado, e fez ingerência junto ao Gabinete do Sérgio
Zambiasi - é preciso que a gente sempre diga isso -, conseguiu-se uma
flexibilização da legislação e da regulação junto à Aneel. Isso propiciou que a
gente pudesse avançar - e muito - nesta questão da regularização da energia
elétrica em ocupações irregulares, em áreas irregulares que ainda não têm
regularização fundiária, à exceção de áreas de risco.
Nós estamos no momento agora, Ver. Nelcir Tessaro,
em que a Prefeitura vai apresentar uma cartilha para que estas comunidades
possam se credenciar à regularização de energia elétrica.
O Presidente da CEEE, Dr. Sérgio Camps de Morais,
esteve aqui e nos informou que, já em 2010, está gravada no orçamento da CEEE
uma verba para iniciar essas regularizações. E nós, dessas Frentes, vamos fazer
uma gestão junto ao Governador eleito, Tarso Genro, para que, a partir do ano
que vem, também na Gestão Tarso Genro, essas regularizações possam continuar.
Mais do que isto, acordamos, numa reunião que tivemos há uns 30 dias - e suspendemos
as reuniões até que as eleições passassem e que as pessoas estivessem com mais
tempo e com a agenda facilitada para participar de reuniões -, que nós teríamos
uma única porta de entrada para que as comunidades pudessem solicitar e se
credenciar à regularização.
Hoje existe uma grande celeuma: alguns casos têm
que se dirigir ao DEMHAB, outros direto à CEEE, outros à Gerência de
Regularização de Loteamentos, na PGM; outros, à Secretaria de Governança;
outros, ao Ministério Público, e assim por diante. O que nós estamos fazendo
agora é padronizar. Ou seja, ter uma porta só, onde as comunidades possam se
dirigir, fazer a solicitação e se credenciar à regularização de loteamentos. E este será o nosso próximo passo: tão logo passem as eleições,
teremos uma reunião onde estarão presentes as comunidades envolvidas em todo
este Projeto, as duas Frentes Parlamentares, o Executivo Municipal, através da
PGM e da Secretaria de Governança, para que a gente possa publicar a cartilha,
que deverá conter a porta de entrada por onde possamos, a partir daí, usufruir
a nova flexibilização da regulação e também do orçamento, que já está
disponível na CEEE, e da decisão política da CEEE de começar a regularizar a
energia elétrica. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Waldir Canal
está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.
Está encerrado o
período de Comunicações.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 3453/10 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 167/10, de autoria da Verª
Sofia Cavedon, que inclui a Semana Municipal de Inclusão Escolar no Anexo à Lei
nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e
revoga legislação sobre o tema –, na segunda semana de agosto.
PROC. Nº 3639/10 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 038/10,
que inclui art. 4º-A na Lei nº 7.770,
de 19 de janeiro de 1996, que dispõe sobre a admissão de pessoal, por tempo
determinado, para atender necessidades temporárias de excepcional interesse
público, consoante o que preceitua o inc. IX do art. 37 da Constituição Federal
e o inc. II do art. 17 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, e prorroga
por 6 (seis) meses os contratos temporários dos Supervisores de Campo, Biólogos
e Agentes de Combate às Endemias.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver.
Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu comento o
Projeto de Lei de minha autoria que corre Pauta hoje. Ele institui, em Porto
Alegre, a Semana da Inclusão Escolar, na segunda quinzena de agosto. Essa é uma
construção muito importante que a cidade de Porto Alegre vem fazendo. A partir
da cidade de Porto Alegre tem-se pautado o Estado do Rio Grande do Sul, Ver.
Elias. Esta Casa recebeu, há três, quatro anos as Escolas Especiais aqui,
assustadas com a possibilidade da inclusão plena e do fechamento das Escolas
Especiais. A partir da Comissão de Educação, Presidente, Nelcir Tessaro,
instalou-se o Fórum Municipal de Inclusão Escolar - este ano V. Exª o acolheu
novamente - que, neste ano, ganhou a dimensão de uma Semana, com encontro de
alunos, de pais, de educadores, de todas as esferas que vêm fazendo o debate
sobre a inclusão dos estudantes com deficiência, para que exista, para que
aconteça uma inclusão escolar responsável. Esse Fórum tem a convicção de que a
Escola Especial também é uma escola inclusiva, que ela é um espaço
diferenciado, que ela precisa existir, que há uma série de situações em que as
crianças não se conseguem beneficiar, ainda, no ensino regular, principalmente
as crianças, adolescentes com múltiplas deficiências.
Esse processo influenciou, sim, o Governo Federal
que está ouvindo mais a sociedade, compreendendo que é preciso escutar, que
esse é um processo de mudança cultural no País, e que não é só a escola que
fará a inclusão das pessoas com deficiência; que a inclusão escolar depende de
uma série de interfaces, que vai do transporte escolar à Saúde, que vai da
assistência social à articulação da Educação, inclusive com o trabalho. Tanto
que as nossas experiências de Escolas Especiais em Porto Alegre chegaram a
ponto de ter estágios na Secretaria. Nós temos alunos nossos que atuam na
Câmara de Vereadores, em função desse processo de debate das interfaces, do
compromisso real de inclusão no mundo do trabalho, no mundo da cultura, que
quem faz é a Escola Especial, por incrível que pareça, e não o ensino regular.
A ideia de instituir no calendário uma Semana de
Inclusão, é porque temos certeza de que esse processo é lento, é um processo
longo, que exige muito investimento e que estamos muito longe de conseguir
realizar plenamente.
Temos ainda um percentual muito pequeno de pessoas
com deficiência que estão na escola. O conjunto das escolas não tem política
forte, pública, de fato, que faça com que as crianças sejam incluídas de
verdade. As turmas são muito grandes nas escolas regulares, não temos
professores auxiliares, não temos acessibilidade plena. Às vezes, uma escola
até tem uma rampa, até tem acesso, tem um banheiro adaptado, mas não tem acesso
à biblioteca, a informática é no 2º andar. As crianças têm uma escola em parte,
ou então é um grande sacrifício dos funcionários e professores para deslocar as
crianças dentro da escola.
Então, falta também uma formação adequada e
permanente, porque essa formação do atendimento da criança com deficiência é
complexa, cada situação é diferente. Não dá para dizer: eu sei como é uma
criança que tem síndrome de Down: há uma formulazinha e tem como atendê-la.
Cada criança tem uma forma de se relacionar, uma forma de construir
conhecimento! Então, se já é difícil trabalhar educação com as crianças ditas
normais, imaginem com as crianças que tem deficiência?
Penso que essa semana consolida um esforço muito
bonito de diálogo, de aprofundamento e de avanço na inclusão escolar. Nós temos orgulho de ser a Câmara de Porto Alegre, a Comissão de Educação
que tem propiciado isso, mas, que ganhou agora um tamanho bem maior com muitas
entidades envolvidas. Então, o Projeto está para apreciação de vocês esta
semana; obrigada pelo apoio.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente,
apenas para registrar o seguinte: nós, agora, eu e a Verª Fernanda Melchionna,
formalmente retiramos o Requerimento de renovação de votação, face ao
compromisso correto, civilizado, cavalheiresco de V. Exª de pedir o Veto ao
Projeto, que não contou com os votos destes Vereadores, e nós entendíamos que a
renovação era necessária. Mas V. Exª resolveu o problema, já há a Redação
Final, e o compromisso de V. Exª, do nosso ponto de vista, termina
completamente com esta polêmica surgida em função de um Projeto. Então,
comunico isso oficialmente a V. Exª, e agradeço a sua posição.
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Ver.
Pedro Ruas. Está feito o registro.
O Ver. Aldacir José
Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, faço este pronunciamento, Ver. João Bosco Vaz,
porque este Projeto vai trazer uma grande inovação para o Programa de Combate à
Dengue em Porto Alegre. Vejam só: o Projeto de Lei do Executivo nº 038/10,
inclui no art. 4º-A da Lei nº 7.770, de 19 de janeiro de 1996, e dispõe sobre a
admissão de pessoal, por tempo determinado, para atender necessidades
temporárias de excepcional interesse público, consoante o que preceitua o inc.
IX do art. 37 da Constituição Federal e o inc. II do art. 17 da Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre, e prorroga por 6 (seis) meses os contratos
temporários dos Supervisores de Campo, Biólogos e Agentes de Combate às Endemias.
No resumo da proposição ora apresentada, fala em seis meses. Na verdade, este
Projeto está em primeira Sessão de Pauta, hoje, segunda-feira, e, na
quarta-feira, teremos reunião das Comissões Conjuntas, e ele vai trazer a
seguinte inovação, Ver. Cecchim, primeiro: todos os Programas de Combate à
Dengue eram renovados com prova seletiva de quatro em quatro meses. Por uma
determinação de uma Lei Federal, os Municípios, agora, com uma mudança de Lei
Municipal, podem prorrogar até dezoito meses. Qual é o acordo feito pelo o
atual Governo numa Comissão de Agentes em que estive presente com o Secretário
Casartelli e o Secretário Adjunto Marcelo Bosio? Esse Projeto que vem
quarta-feira será prorrogado por seis meses, sem prova seletiva; depois, para
um ano e seis meses, com a prova seletiva. Vejam só, é importante, sim, porque
agora, em novembro, vencem os contratos, e estamos próximos de novembro. Então,
havia um temor no sentido de que esses profissionais fossem demitidos e que
acabaria o Programa de Combate à Dengue em Porto Alegre. Não, esse Projeto vem
retificar isso, renova automaticamente com a votação que vamos fazer aqui, de
seis meses, e acaba possibilitando que, num contrato de um ano e seis meses,
isto é, dezoito meses, possa haver a prova seletiva. Então, é um prazo que o
Governo ganha para renovação dos contratos e, consequentemente, o Programa não
para. Portanto, queremos louvar a iniciativa, porque, quando ela é boa, Ver. DJ
e Ver. Proença, nós temos que louvar, porque resolve a situação de um programa
na Cidade e, com certeza, de muitos profissionais que estão aguardando por essa
decisão importante. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o Ver. Oliboni hoje nos surpreende, porque ele, um Vereador de
oposição, por duas vezes veio a esta tribuna hoje para defender projetos do
Governo. Nas duas vezes, Ver. Oliboni, V. Exª tinha absoluta razão, tanto em
relação a este Projeto, como em relação àquele Projeto cuja votação foi adiada
por Requerimento do Ver. João Dib. Quando estávamos aqui no plenário, votando
aquele Projeto... Praticamente os dois se complementam, os dois falam na defesa
da sociedade com relação ao mosquito vetor da dengue. Com relação àquele
Projeto que foi retirado, Ver. João Dib, e de que V. Exª pediu adiamento, nós
não podemos colocar o direito individual acima do direito coletivo.
Aquele Projeto que veio para ser votado está exatamente dentro dessa lógica ou
da lógica inversa daquela que foi entendida pelo Plenário: ele coloca o direito
coletivo em primeiro lugar, e depois o direito individual, é isso é que deve
ser obedecido e é isso que está na nossa Constituição. O direito coletivo é
maior do que o direito individual.
Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª sabe que eu lhe tenho
um carinho muito especial, aprecio muito a sua inteligência, principalmente o
conhecimento que tem na área do Direito, mas nós temos, sim, que autorizar as
equipes a irem nas casas. As casas que porventura estiverem prejudicando o
conjunto da sociedade pelo fato de os proprietários não estarem tomando as
providencias necessárias para poder evitar a procriação do mosquito da dengue
não podem continuar prejudicando a sociedade. Essas pessoas têm que ser
orientadas para que possam agir melhor, mas, caso não o fizerem, as casas não
podem continuar intactas, enquanto a sociedade está morrendo por causa do
problema do mosquito.
O Sr.
Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Vereador, eu concordo com V. Exª que se tenha que proceder de alguma forma no
sentido do que V. Exª está reivindicando, e não da forma como está escrito no
Processo, que está equivocada! A utilização da força pública sem autorização
judicial é um atentado às normas constitucionais. Não cabe ao Município, não
cabe ao agente, como está escrito, requisitar a Brigada. Que poder tem o agente
sanitário para requisitar a Brigada Militar?
O SR. LUIZ
BRAZ: Nenhum.
O Sr.
Reginaldo Pujol: Nenhum, mas está escrito assim no Processo.
O SR. LUIZ
BRAZ: Ver. Reginaldo Pujol, nós poderíamos sanar esse problema que está no
Projeto, de acordo com a redação, possibilitando que, por meio de um mandado
judicial, por meio de uma autorização judicial, haja a interferência do agente
público para salvar a população, porque, se as pessoas, de forma negligente,
deixam águas sendo empossadas nas suas casas para o mosquito ser procriado,
essas pessoas estão agindo em detrimento do conjunto da sociedade, e elas, não
que tenham que ser punidas...
O Sr.
Reginaldo Pujol: Vossa Excelência tem razão, mas não se pode fazer
da exceção a regra, e o que está ocorrendo é transformar a regra na exceção,
porque usar a expressão somente “a casa fechada”... A casa é fechada por várias
maneiras, dentre as quais, para ser preservada. Nesta condição, ela não pode
ser simplesmente invadida. V. Exª tem razão no objetivo, mas a forma está sendo
absolutamente inadequada.
O SR. LUIZ
BRAZ: Mas podemos corrigir. Não podemos só fazer com que aquele Projeto
simplesmente seja derrotado; a gente tem que salvá-lo.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu havia propositadamente deixado de
lado este assunto, momentaneamente, em face do adiamento por três Sessões que a
matéria recebeu. O meu fraterno amigo Ver. Luiz Braz, um dos mais brilhantes e
competentes integrantes desta Casa em todos os tempos, me chamou, no bom
sentido, para o prosseguimento do debate. Quando digo que o problema do Projeto
não é o objetivo em si, é o modo pelo qual o objetivo busca ser alcançado, não
estou fazendo uma filigrana jurídica; estou colocando na mesma balança
sentimentos e direitos que são importantíssimos. Nós sabemos que o primeiro
direito a ser preservado em qualquer sociedade - democrática ou não - é a vida.
Eu acho que mesmo os ditadores hão de reconhecer que a vida deve ser preservada,
ainda que muitas vezes a transgridam. A segunda, que diferencia a democracia da
ditadura, do regime de força, é a liberdade ou a ausência da liberdade, e é um
corolário da liberdade a preservação dos direitos do cidadão. Está-se usando
muito o direito individual, como se o indivíduo fosse um ser estranho à
sociedade, quando o indivíduo é a própria sociedade.
Então, quando a cidadania é atingida, não é o
indivíduo, mas é o instituto da cidadania que é atingido. A forma como foi
redigido esse Projeto - eu alertei a Liderança do Governo no seu nascedouro - é
uma forma que ele, o Dr. Dib, dá, inclusive, a receita em contrário: não é
concisa, não é precisa e nem é clara; deixa, em muitos sentidos, em muitos dos
seus dispositivos, possibilidades de interpretação diversificada.
O que V. Exª entende, Ver. Luiz Braz - V. Exª, que
é um Vereador responsável -, por “residência fechada”? Literalmente, residência
fechada é toda aquela que não está aberta. E isso está escrito. Uma das
possibilidades é a residência fechada. Aí, atenua: fechada é inabitada. Não,
como é que a gente prova que ela é habitada? Verificando se a pessoa está
dentro da casa ou não. Eu sei, e disse o Ver. Oliboni, em situação anterior,
que em mil e duzentas residências ofereceram resistência. Isso é muito pouco
num cenário de meio milhão de residências que há em Porto Alegre.
O Sr. Aldacir
José Oliboni: V. Exª permite um aparte?
O SR.
REGINALDO PUJOL: Eu não posso lhe dar aparte, Vereador. O senhor
quis dizer que não são mil e poucas, são duas mil e poucas casas? Continua o
mesmo! Na regra, esse problema não existe. Existem situações claras nesta
Cidade de residências não habitadas, abandonadas; para essas a autorização se
justificaria. Agora, em uma residência habitada, que ocasionalmente possa estar
fechada, permitir-se que o agente busque a proteção da Guarda Municipal e da
Brigada Municipal para trazer um chaveiro, trocar a chave, entrar na casa com o
propósito de encontrar ou não o mosquito, e, nesse momento, quebrar a
privacidade, aí nós entramos num modus
inadequado, Vereador.
Então, V. Exª diz: “Vamos aprovar!” Depois do mal
feito, não há conserto! Eu nunca vi o Estado, o agente público, de posse do
poder, abrir mão para a cidadania; normalmente o que se diz é para a cidadania
abrir mão em favor do Poder Público. E depois que abre, para retomar, é uma
verdadeira odisseia! Eu vou tentar ver, Vereador, se não colocamos nas mãos do
agente sanitário essa força supraconstitucional que a Lei, de certa forma, está
a oferecer. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo mais inscrições, encerramos a presente
Sessão.
Convoco os
Srs. Vereadores para a Sessão Ordinária de quarta-feira, à hora regimental.
(Encerra-se a
Sessão às 17h18min.)
* * * * *